O balanço da Copel referente ao primeiro trimestre de 2006 apresenta um dado que reforça os indicadores sobre a fase ruim vivida pela economia do estado. O consumo do segmento industrial caiu 4,9% nos primeiros três meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2005. A analistas do mercado financeiro, a empresa apontou que a redução foi provocada pela queda na atividade de setores exportadores, como os de madeira, papel e veículos, e pela saída de alguns consumidores que optaram por investir em fontes próprias de energia.
A retração no setor industrial não comprometeu os resultados da Copel no trimestre, período em que seu lucro líquido cresceu 118%, para R$ 171 milhões, porque foi compensada por aumentos nas áreas comercial e residencial.
No total, o volume de energia vendida pela companhia cresceu 1,7%. Essa expansão, combinada ao reajuste tarifário aplicado em julho de 2005 e à comercialização de energia nos leilões promovidos pelo Ministério das Minas e Energia (MME), fez com que o faturamento da Copel subisse 14%, chegando a R$ 1,8 bilhão no trimestre.
Descontos
Segundo o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, a empresa está estudando o futuro dos descontos sobre as contas de luz e é provável que eles sejam reduzidos. Hoje, os consumidores que pagam em dia têm um abatimento médio de 7%. "É normal que quando a inflação cai o desconto fique cada vez menor", afirmou Ghilardi em uma conferência com analistas de mercado. A revisão do benefício, concedido desde 2003, será feita em junho, mês em que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgará o porcentual de reajuste da Copel em 2006.
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