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A palavra estabilização ainda está bem longe dos relatórios da indústria de microcomputadores. Ao contrário, a aposta é que o bom desempenho dos dois últimos anos se repita ao longo de 2007. Em parte porque ainda há uma fatia muito grande de potenciais consumidores – cerca de 19% dos brasileiros têm PC em casa contra, por exemplo, mais de 70% dos americanos. "As realidades são bem diferentes. Mas mesmo que não cheguemos ao mesmo porcentual, temos muito para crescer ainda", diz o analista sênior de PCs do IDC Brasil, Reinaldo Sakis. O otimismo também tem origem no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que estendeu a isenção de PIS e Cofins para computadores cujo valor de venda seja de até R$ 4 mil. Antes, ele era de R$ 2,5 mil para desktops e R$ 3 mil para notebooks.

A curitibana Positivo Informática, líder no segmento de varejo, foi uma das grandes beneficiadas com o crescimento do varejo de PCs, já que 80% da sua produção é destinada para este fim. A venda de desktops cresceu 110% no ano passado – totalizando 789 mil unidades – e a de notebooks aumentou quase 10 vezes – de 4,5 mil em 2005 para 45,7 mil. "2006 foi um ano fantástico para todo mundo, inclusive para nós, motivado principalmente pelo varejo e pela penetração dos PCs nas classes B e C", comemora o presidente da companhia, Hélio Rotenberg.

Foi no ano passado também que a empresa chegou à marca de 1 milhão de computadores vendidos, abriu o capital e estreou na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por conta disto, o presidente não divulga as estimativas da empresa para 2007. Rotenberg diz apenas que "vê com bons olhos" as expectativas dos institutos de pesquisa do setor. Nem poderia ser diferente. Consultores e demais indústrias continuam apostando as fichas no varejo. "Estamos sempre visitando os varejistas que ainda não são nossos parceiros para ampliar a rede."

Mesmo quem não tem foco no varejo, como a Itautec, viu seu faturamento crescer em 2006. Segundo o gerente executivo da empresa, Flávio Philbert, o crescimento da empresa ao longo do ano acompanhou o registrado pelo mercado como um todo: entre 40% e 50%. Em 2006, a empresa vendeu 270 mil máquinas – apenas 10% para o varejo.

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