A inflação na China ficou abaixo do esperado em janeiro, mas a pressão inflacionária continuou a aumentar e deve forçar o banco central do país a manter o aperto monetário em curso.
A perspectiva foi reforçada pela informação da agência estatal Xinhua de que os bancos chineses concederam 1,2 trilhão de iuans (182 bilhões de dólares) em novos empréstimos em janeiro. O número ficou em linha com as expectativas e representa quase um quinto da meta do governo de 7 trilhões de iuans para todo o ano de 2011.
O banco central da China elevou o juro na semana passada pela segunda vez em apenas seis semanas para combater a inflação. Pequim também elevou o depósito compulsório dos bancos sete vezes desde o começo do ano passado.
A alta dos preços ao consumidor em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, de 4,9 por cento, ficou abaixo da mediana das previsões de uma pesquisa da Reuters, de 5,3 por cento, mas superou os 4,6 por cento de dezembro.
Em um sinal de pressões acumuladas, o núcleo da inflação, que exclui os voláteis preços de alimentos, subiu para 2,6 por cento, o maior nível desde pelo menos 2002, ante 2,1 por cento no mês anterior.
Além disso, a alta dos preços globais das commodities elevou a inflação no atacado a 6,6 por cento em termos anuais, ante 5,9 por cento em dezembro e previsão de 6,1 por cento.
A agência nacional de estatísticas também anunciou um ajuste na forma como a inflação ao consumidor é calculada, dizendo que ela agora reflete melhor a evolução nos padrões de consumo dos chineses.
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