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O comércio paranaense começou o ano com otimismo beirando os 70%, mas a inflação promete tirar o sono dos empresários no primeiro semestre. Segundo sondagem da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) no Paraná com 190 empresas de 49 cidades do estado, 68,42% dos empresários do setor estão apostando no crescimento das vendas em relação ao primeiro semestre de 2012, quando o nível de otimismo era de 67%.

Depois de amargar um segundo semestre de 2012 com o pior índice de confiança dos últimos três anos, o principal motivo para o otimismo dos empresários vem das lavouras do estado e da expectativa de safra recorde, explica o presidente da Fecomércio, Darci Piana. "A projeção é de 7 milhões de toneladas de soja e milho a mais. Quando a agricultura vai bem, o comércio também vai", afirmou ele. Além do bom desempenho da safra, o empresariado do comércio também aposta no baixo índice de desemprego e nos juros menores para financiamentos para elevar as vendas entre 5% e 10%.

A grande incerteza deve ficar por conta da inflação, que vem numa crescente desde o segundo semestre de 2012. "Com o aumento dos combustíveis, é possível que a inflação encerre o primeiro semestre batendo no teto da meta. Isso pode pressionar o governo a elevar os juros, provocando um aumento da inadimplência, que fechou o ano passado em 7% para pessoa física", explica Piana. Por outro lado, setores do comércio que trabalham ou dependem de importação podem ser beneficiados em caso de aumento dos preços, destaca o presidente da Fecomércio.

Dificuldades

Segundo o levantamento, 75,22% dos empresários apontaram a carga tributária como a principal dificuldade para enfrentar a concorrência em 2012, seguida dos encargos sociais elevados (65,49%) e da baixa qualificação da mão de obra (52,21%). A preocupação com a qualificação dos profissionais é tanta, que 43,16% dos empresários pretendem fazer novos investimentos na área de recursos humanos em 2013.

Considerada um ponto fraco do negócio por metade dos entrevistados, a qualificação dos profissionais é o foco do Senac, que vai disponibilizar 135 mil vagas para 550 cursos neste ano. Segundo Piana, aproximadamente 37 mil vagas serão oferecidas gratuitamente aos interessados que trabalham no comércio, no setor de serviços ou na área de turismo.

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