As histórias empreendedoras são quase sempre motivo de inspiração para quem quer se lançar numa empreitada de negócios ou mesmo para quem apenas admira a determinação desses obstinados visionários. A "mística" que envolve muitas dessas biografias tem motivado cineastas, desde os primórdios da sétima arte, a produzirem películas para narrar essas histórias, contando seus percalços e, por que não, fantasiando ainda mais a loucura e o aventurismo desses empreendedores. Esta semana, três dessas histórias serão exibidas gratuitamente em Curitiba, na Semana Global do Empreendedorismo. A equipe da Gazeta do Povo assistiu às três histórias, e traz abaixo uma prévia do evento e, espera-se, alguma inspiração para futuros empreendedores.
Pelo sonho de decolar
O Céu de Outubro, filme que será exibido hoje na Semana Global do Empreendedorismo, conta a história real do jovem norte-americano Homer Hickam, de 17 anos, que, na década de 1960, mesmo enfrentando a resistência do próprio pai, a incredulidade dos amigos e o preconceito da vizinhança, resolve construir seu próprio foguete para ele, uma idéia muito mais sedutora do que o destino de trabalhar em uma mina de carvão semi-esgotada, da qual dependia exclusivamente toda a economia da pequena Coalwood.
Para iniciar os experimentos, Homer fica amigo do "nerd" da turma e mergulha no universo dos livros, para aprender os segredos da física aeroespacial.
A sucessão de tentativas frustradas, resistências, dificuldades e falta de recursos é um bom exemplo para quem decide apostar em um sonho e colocar a mão na massa.
Afinal, o sonho de todo grande empreendedor é um dia decolar.
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Contra a vocação agrícola
Mauá O Imperador e o Rei é uma biografia de Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá, considerado o primeiro grande empreendedor brasileiro.
Órfão de pai, Irineu começou a trabalhar aos sete anos de idade, como caixeiro no armazém de um português, que comercializava de charque a escravos.
Seu primeiro grande negócio foi comprar um lote de ações do Banco do Brasil. A operação lhe rendeu uma pequena fortuna quando o banco foi liquidado pelo Império.
Aos 40 anos, ele se tornou o homem mais rico do país, dono de quatro das seis empresas mais importantes do Brasil, que somavam um orçamento maior que o do governo.
Todo esse progresso enfrentou a resistência de setores influentes da sociedade, que consideravam as iniciativas desenvolvimentistas contrárias à "vocação agrícola" do Brasil.
Uma história que ocorreu há quase dois séculos, mas que deixa claro os desafios dos que ainda hoje lutam para movimentar homens, idéias e a economia do Brasil.
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Fábula pós-moderna
Piratas da Informática, que será exibido na quinta-feira na Semana Global do Empreendedorismo, é quase uma fábula sobre a concorrência. Os protagonistas são dois dos homens mais ricos e bem-sucedidos da atualidade: o criador da Apple, Steve Jobs, e o presidente da Microsoft, Bill Gates.
Do anonimato à consagração, os empresários não raro se atracaram pela conquista do ramo da informática, episódios que fazem o deleite do espectador de Piratas.
Outro mérito do filme é ressaltar as diferenças de personalidade entre o impetuoso e temperamental Jobs, que julgava sua aventura uma cruzada que envolvia arte, ciência e religião; e o calculista Gates, que, no início da carreira, se arrependia de ter abandonado a faculdade em Harvard para se lançar a uma empresa de software.
O filme deixa claro que os dois executivos tinham ao menos uma semelhança, comum entre visionários: acreditar no poder transformador de suas criações.
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Serviço
Histórias empreendedoras no Cinema. Exibição dos filmes O Céu de Outubro (hoje), Mauá O Imperador e o Rei (amanhã) e Piratas da Informática (quinta-feira). Sessões, seguidas de debate, às 8h30 e às 14h, no auditório do IBQP Rua Doutor Correia Coelho, 741, Jardim Botânico. Inscrições gratuitas no site www.ibqp.org.br/empreendedorismo. Mais informações no telefone (41) 3264-2246.
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