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Apesar das oscilações ao longo da semana, o mercado financeiro não espera uma crise nem próxima da ocorrida às vésperas da última eleição presidencial, em 2002. Na época, as incertezas em relação à política a ser adotada pelo então candidato de esquerda Lula tiraram o sono dos investidores. O risco-país bateu recorde histórico de alta, chegando a 2.442 pontos. O dólar, em outubro daquele ano, disparou e chegou a R$ 3,99. "A crise de 2002 é incomparável. Havia o medo de uma mudança estrutural grande. Temor que não existe agora", avalia a economista da Rosenberg, Débora Nogueira. "O fator surpresa não existe hoje e o país tem reservas", diz o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC SP), Antônio Lacerda.

"É difícil prever o que vai acontecer nos próximos dias. Vai depender da troca de farpas no cenário político. Mas estamos muito longe da crise de 2002", diz o economista sênior do Santander Banespa, Constantin Jancs. "Continuamos otimistas. No curto prazo, a tendência é que a taxa de câmbio se mantenha no mesmo patamar graças às contas externas brasileiras e o dólar feche o ano em torno de R$ 2,10."

A economista da Rosenberg, Débora Nogueira, aposta no dólar a R$ 2,20 em dezembro. "A instabilidade deve continuar por uma ou duas semanas, mas o país tem uma balança comercial confortável." (CS)

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