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Projeção mostra avião gigantesco em uma pista de decolagem; Stratolaunch está 76% concluído, segundo a Vulcan Aerospace | Reprodução/Vulcan Aerospace
Projeção mostra avião gigantesco em uma pista de decolagem; Stratolaunch está 76% concluído, segundo a Vulcan Aerospace| Foto: Reprodução/Vulcan Aerospace

O mais recente concorrente na nova corrida espacial tem uma envergadura [cerca de 117 metros] que é maior do que a distância percorrida pelos irmãos Wright em seus primeiros voos. Seu trem de pouso tem um total de 28 rodas. E o município onde está sendo fabricado teve de emitir licenças de construção especiais para os andaimes usados na fabricação daquele que será o avião mais largo do mundo.

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Só alguém como Paul Allen – o bilionário co-fundador da Microsoft, proprietário do time de futebol americano Seattle Seahawks, sonhador e entusiasta do espaço – poderia tentar construir algo assim: um monstro tão largo quanto um campo de futebol e que, com carga total, pode pesar 1,3 milhão de libras (589 toneladas). Ele será alimentado por seis motores de 737 e terá 60 milhas de fiação correndo por ele.

Chamado de Stratolaunch, o avião será maior do que o famoso Spruce Goose, de Howard Hughes, que voou uma vez, em 1947.

A criação de Allen vem em um momento em que a indústria passa por intensas inovações com empreendedores como Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson que, como ele, pretendem revolucionar as viagens espaciais.

E, por isso, este avião realmente muito grande foi projetado com ambições além-Terra: foi feito para transportar um foguete atado a sua barriga a uma altitude de cerca de 35 mil pés. Uma vez no ar, o foguete se soltaria, ligaria seus motores e seria alçado para a órbita.

Ambições

O projeto foi mantido em segredo por anos, mas agora a silenciosa empresa aeroespacial de Allen está vindo à tona para mostrar seus planos – e falar sobre as ambições de Allen para transformar o espaço. A ideia é abrir o acesso à órbita terrestre baixa, tornando as viagens de centenas de milhas acima da superfície do planeta uma rotina, disse Chuck Beames, o presidente do Allen Vulcan Aerospace, durante uma excursão pelas instalações da empresa com um pequeno grupo de repórteres neste mês.

“Quando esse acesso ao espaço for rotina, a inovação acelerará de uma forma que nem podemos imaginar atualmente”, disse Allen em um comunicado. “Esse é o resultado das novas plataformas: quando elas se tornam facilmente disponíveis, convenientes e acessíveis, permitem que outros visionários e empreendedores desenhem novos conceitos.”

Allen não estava presente durante o passeio, mas gosta de “dar as caras” regularmente no hangar. Ele coloca desta forma: “Há 30 anos, a revolução do PC colocou o poder da computação nas mãos de milhões e desbloqueou o incalculável potencial humano. Há 20 anos, a Web e a consequente proliferação dos smartphones convergiram para permitir a bilhões de pessoas superar as limitações tradicionais da geografia e do comércio. Hoje, expandir o acesso à órbita terrestre baixa tem um potencial revolucionário similar”.

Mas não estão claros quais foguetes a Stratolaunch transportará. As parcerias com SpaceX e a companhia agora conhecida como Orbital ATK terminaram. E tem concorrência. A Virgin Galactic, de Branson, também planeja lançar já do alto foguetes que transportam satélites, mas a partir de um 747.

O enorme Stratolaunch, no entanto, permitiria transportar foguetes e cargas maiores, servindo, assim, “a uma ampla base de clientes”, disse Beames. Em vez de ser lançado verticalmente a partir de uma plataforma, o avião iria decolar e pousar de uma pista, o que permitiria operações rápidas, diz a empresa.

Beames se recusou a revelar detalhes sobre quais empresas podem querer contratar a Vulcan para lançar seus foguetes, dizendo apenas que, “estamos envolvidos em muitas conversas de negócios. Nenhuma empresa está descartada”.

Durante o tour, Beames disse que estava emocionado por mostrar o avião, que está 76% concluído. Quando vai voar, no entanto, não se sabe. Uma vez concluído, ele passará por uma série de testes de solo e Beames se recusou a dar estimativa de quando iria para o ar. O plano de Allen é ser capaz de lançar foguetes orbitais até o final da década, ele disse, e a empresa está tentando atingir esse objetivo.

“É uma fronteira totalmente nova”, declarou Beames. “É um pouco como o Velho Oeste”.

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