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Comparações algorítmicas permitem pesquisadores prever comportamentos de objetos  conforme estímulo que recebem | Divulgação/Abe Davis
Comparações algorítmicas permitem pesquisadores prever comportamentos de objetos conforme estímulo que recebem| Foto: Divulgação/Abe Davis

Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) podem estar perto de inaugurar uma nova forma de fazer entretenimento. Eles trabalham no desenvolvimento de um software que permite que objetos animados virtuais, como os pokémons, não só interajam com os ambientes onde o usuário estiver como afetem elementos do mundo real. Com a tecnologia, se o desejado Pikachu aparecesse em um arbusto, por exemplo, seu hipotético peso movimentaria a folhagem.

Assista ao vídeo do MIT simulando o funcionamento do software

Para alcançar o resultado, a equipe usa câmeras tradicionais que analisam as vibrações de diferentes objetos e capturam seus comportamentos físicos diante de diversas condições.“O método de observação nos permite reproduzir essas características no espaço virtual. Por meio de comparações algorítmicas, conseguimos prever como certos elementos respondem a forças desconhecidas e, com isso, trabalhamos possibilidades de interação com imagens capturadas em tempo real ou mesmo com vídeos já existentes”, explica, em nota, Abe Davis, estudante do doutorado em Ciência da Computação no MIT e responsável pela pesquisa. Técnicas semelhantes já são utilizadas pela indústria de efeitos especiais, mas são mais complexas e custam mais caro.

Vida real e espaço virtual

Com base em dados organizados pelo programa a partir de cinco segundos de imagens captadas, o sistema simula os movimentos de um objeto, conforme o estímulo aplicado a ele pela interação de outro elemento ou pelo próprio usuário, a partir de toques na tela ou cliques no mouse.

Uma pessoa que acesse um vídeo do YouTube e deseje arrancar as cordas de uma guitarra, por exemplo, segundo os pesquisadores, também vai poder fazer isso. A técnica, conhecida por IDV (Vídeo Interativo Dinâmico, na tradução) diminui a distância entre realidade aumentada e mundo real.

O software ainda está em fase de testes, mas pode despertar o interesse de empresas como a Niantic, criadora do Pokémon Go. “As possibilidades nos fazem perceber quão longe podemos chegar em termos de captura e manipulação da vida real no espaço virtual”, diz Abe.

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