O intercâmbio comercial do Brasil com a África do Sul, Moçambique e Angola ainda é tímido, mas apresenta expectativas promissoras, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O saldo comercial com os três países é superavitário em favor do Brasil. Só com a África do Sul, o comércio bilateral envolve US$ 1,2 bilhão.
É a quarta vez que o governo brasileiro organiza uma missão para a África. As missões anteriores foram direcionadas a Serra Leoa, Cabo Verde, e Marrocos e Tunísia, no Magreb (região do norte da África, que inclui ainda o Saara Ocidental, a Argélia, a Mauritânia e a Líbia). Só presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi duas vezes ao continente africano. É a oportunidade para o empresariado, tanto o pequeno e médio quanto o grande, disse Agência Brasil o ministro.
A África do Sul ocupa uma posição de liderança no continente africano. É a 32ª economia mundial, registrando um Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de US$ 277,2 bilhões. Dos países de língua portuguesa na África, Angola apresenta PIB de US$ 84,9 bilhões.
Apesar de ter uma economia mais retraída, Moçambique apresenta perspectivas positivas, registrando PIB de US$ 9,9 bilhões. As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que a economia moçambicana deve crescer 4,3% este ano e 5,2% em 2010.
Para os sul-africanos, o interesse de compra do Brasil volta-se para o petróleo e derivados, aeronaves e peças, automóveis e autopeças e aparelhos de telefone, além de bens de informática e medicamentos. Para parte do Brasil, o mercado da África do Sul se concentra na compra de carvão, veículos, aparelhos de filtro de gases, óleo combustível e até vinho.
A balança comercial de Moçambique tem um histórico de déficits e de dependência externa. As exportações brasileiras para os angolanos se somam a US$ 1,97 bilhão e estão concentradas na venda de carne de frango, veículos de carga, chassis com motor e barras de ferro e aço.
As exportações brasileiras para Moçambique têm números semelhantes aos de Angola. De janeiro a setembro, o total foi de US$ 1,065 bilhão. Os principais produtos vendidos do Brasil para os angolanos são veículos de carga, tratores, açúcar refinado, móveis e gasolina.
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