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A tecnologia de fibra óptica é capaz de trafegar dados a velocidades de até 2,5 Gbps, mas a rede custa caro para ser implementada e ainda é restrita no Paraná | Henry Milléo/Gazeta do Povo
A tecnologia de fibra óptica é capaz de trafegar dados a velocidades de até 2,5 Gbps, mas a rede custa caro para ser implementada e ainda é restrita no Paraná| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Pacotes

Combos reduzem valor da banda larga

Todos os preços de banda larga caem quando o cliente opta pela compra de um combo – com tevê, internet e telefonia da mesma operadora. Na Net, por exemplo, a internet de 10 Mbps, que sozinha custa R$ 129, sai por R$ 59 no combo. Com o telefone mais um pacote básico de canais para tevê a cabo, o plano custa R$ 109, ou seja, R$ 20 mais barato do que se a internet fosse contratada exclusivamente.

Na GVT, o preço do pacote de tevê a cabo mais simples, com 36 canais, mais internet de 15 Mbps e telefonia sai por R$ 164. A internet, nesse pacote, custa R$ 59,90, quando isoladamente sairia por R$ 84,90.

Em geral, as empresas conseguem baixar o custo nos planos porque utilizam o mesmo cabeamento da internet para passar conteúdo para a televisão.

Copel

Todos os planos da Copel Telecom saem R$ 20 mais baratos quando comprados junto com o serviço de telefonia da Sercomtel, da qual a Copel é acionista. A empresa também oferece 50% de desconto nos três primeiros meses dos planos de internet de 20 e 40 Mbps. Em Irati, onde a Copel Telecom opera com banda larga, o serviço de telefonia começará a funcionar a partir de março.

Com a falta de mais empresas atuando no mercado, o paranaense ainda tem poucas opções de banda larga fixa super-rápida, acima de 35 Mbps (megabits por segundo). Apenas Net, GVT e Copel oferecem essas velocidades, mas com poréns. A Net tem planos de 20 Mbps e de 100 Mbps, sem ofertas intermediárias. A Copel começou a operar nesse mercado no fim do ano passado, mas por enquanto o serviço está disponível apenas em Curitiba e Irati. Na GVT, a oferta do serviço é concentrada em 32 cidades, e em alguns casos apenas nos bairros com maior concentração de pessoas. A Oi, que está presente em 397 dos 399 municípios do estado, opera com velocidades de até 15 Mbps.

Concorrência

Um dos maiores empecilhos para a popularização da internet ultrarrápida é a instalação de uma rede de fibra óptica em toda a cidade. A fibra é capaz de trafegar dados a uma velocidade de até 2,5 Gbps. Hoje, as empresas trabalham com modelos híbridos, em que a fibra vai até um armário de distribuição, e depois segue por cabeamento de metal até a casa do cliente. É neste trecho que a rede tem maior suscetibilidade a interferências. A rede de cobre não sustenta velocidades superiores a 35 Mbps.

A única empresa a operar com a tecnologia Fiber to the Home (FTTH, fibra até o lar) em todos os seus planos é a Copel. A GVT, em seu site, afirma que usa ADSL para velocidades até 20 Mbps, VDSL para 35 Mbps e 50 Mbps, e FTTH apenas para quem contratar 100 Mbps.

Em outros mercados, como no Rio e São Paulo, a entrada de novas empresas na oferta de banda larga fixa está forçando uma queda nos preços. Por ora, entre as atuantes nas duas grandes capitais, só a Oi afirmou ter um plano de expansão para outras cidades do país, mas não disse se algum município do Paraná estaria na lista nem qual o cronograma de implementação da rede. No Rio, o preço de 100 Mbps da Oi é de R$ 199, cerca de R$ 300 mais barato que o plano da GVT aqui no Paraná com a mesma velocidade.

A TIM, que investiu na compra de toda a rede óptica da Intelig, possui cerca de 30 mil quilômetros de fibra no país. Por enquanto, a empresa oferece serviço apenas em São Paulo e Rio. No plano de 35 Mbps, o plano da TIM custa R$ 59,90. É o mesmo valor cobrado pela Oi no Paraná pelo plano de 5 Mbps e quase o mesmo da GVT, que cobra R$ 54,90 por 5 Mbps. O plano de 35 Mbps da GVT aqui custa R$ 99,90, uma diferença de 69%.

A Vivo informou que o Vivo Fibra, que atende 106 mil clientes em São Paulo e foi o primeiro serviço do país com 200 Mbps para clientes residenciais, não tem previsão de chegar ao Paraná.

A GVT foi procurada pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição.

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