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São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão de ontem em território negativo, acompanhando o movimento global de realização de lucros, quando investidores vendem papéis que valorizaram com força no curto prazo. Nos últimos negócios, a bolsa desacelerou o ritmo de perdas, com investidores vendendo ações da Companhia Vale do Rio Doce e adquirindo Petrobras.

O Ibovespa, indicador que segue as ações mais negociadas, fechou o pregão em baixa de 0,52%, aos 62.017 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,54 bilhões, um giro de negócios acima da média.

Até o pregão de segunda, a Bovespa acumulou ganhos de 40%, o que tornava quase inevitável, para alguns profissionais, que os investidores liquidassem papéis no segundo pregão de outubro. Só mais para o fim da tarde que a procura por papéis da Petrobras tornou mais leve a queda do Ibovespa.

A ação da estatal petrolífera valorizou 0,25% ontem, cotada a R$ 60,50. Os negócios com esse papel movimentaram R$ 661 milhões. "Essa ação andou de lado [oscilou sem tendência] durante uns quatro pregões, e o mercado estava de olho há muito nesse papel. E hoje [ontem] o Credit Suisse divulgou relatório em que recomenda a troca de Vale por Petrobras, o que também ajudou a ação a subir", afirma Celso Sadao Yoshida, analista da corretora Solidez.

A corretora Brascan recomendou as ações da companhia, baseada em expectativas sobre o ritmo de crescimento da produção; modernização do parque de refinarias e pela "estratégia de internacionalização da companhia".

Vale

A ação preferencial da Vale, ontem o principal carro-chefe da Bovespa, desvalorizou 1,52%, cotada a R$ 54,75. Os negócios com esse papel atingiram o montante de R$ 1,191 bilhão.

Entre as principais notícias do dia, a Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciou que as vendas de casas pendentes no país tiveram queda de 6,5% e, na comparação com agosto de 2006, a queda foi de 21,5%. A expectativa de analistas do setor imobiliário era de uma queda de apenas 2%.

Dólar

O dólar comercial foi negociado a R$ 1,825 para venda, um avanço de 0,82%, nos últimos negócios de ontem. O mercado devolveu um pouco dos "exageros" da jornada anterior, quando a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 1,80. Para alguns corretores, esse é o valor que pode detonar uma nova intervenção do Banco Central nos negócios da moeda.

Uma parcela dos profissionais de corretoras, no entanto, acredita que o BC pode ficar de fora e alterar sua estratégia de atuação no câmbio, chamando a atenção para o nível considerado já suficiente de reservas (US$ 162 bilhões).

A autoridade monetária interrompeu a rotina de leilões diários de compra no dia 14 de agosto. Durante o período em que esses leilões foram realizados, muitos tacharam essas intervenções como ineficazes para deter a tendência predominante de queda da taxa de câmbio.

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