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O sócio da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, responsável pela reestruturação da Varig, afirmou que o Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) está próximo de conseguir o suporte financeiro necessário para a aprovação, pela Justiça, da proposta de compra da companhia aérea. Representantes da TGV e de cinco possíveis investidores passaram o dia de ontem tentando concluir a engenharia financeira que permitiria o pagamento imediato de uma primeira parcela de US$ 75 milhões, que garante a homologação da vitória do TGV no leilão realizado no dia 8.

"O dinheiro tem que aparecer ou se faz uma repactuação de dívidas com credores extra concursais (débitos contraídos depois que a Varig entrou em recuperação judicial)", afirma o juiz Paulo Roberto Fragoso, auxiliar da 8.ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo ele, bastariam alongamentos de prazos para pagar débitos com as arrendadoras de aviões, com a BR Distribuidora e com a Infraero para que a Justiça pudesse considerar que há condições para o fluxo de caixa da Varig voltar a girar e garantir o pagamento de despesas emergenciais.

Gomes chegou a dizer que o dinheiro poderia ser depositado ainda ontem, mas não houve definição alguma até o fechamento desta edição. Ele citou os grupos Fontidec e Syn Logística como possíveis investidores.

A Syn é comandada por um ex-presidente da VarigLog (empresa de logística e transporte de carga da Varig, que foi comprada em novembro por US$ 48,2 milhões pelo fundo americano de investimentos Matlin Patterson), José Carlos Rocha Lima. O executivo também presidiu a Vaspex (empresa de cargas da Vasp) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Além disso, Rocha Lima foi citado na CPI dos Correios.

Gomes afirmou que, confirmado o depósito da primeira parcela, a Nova Varig Participações, empresa formada pela TGV para o leilão da companhia, teria mais tempo para definir de onde viriam os recursos restantes, da proposta de US$ 449 milhões. "Eles terão 30 dias para viabilizar o pagamento total", destacou.

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