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Dois dos grandes investidores paranaenses em projetos ambientais – Positivo e O Boticário – participaram das mobilizações pelo projeto que aconteceram esta semana em Curitiba.

O presidente de O Boticário, Miguel Krigsner, diz que a meta da empresa é destinar 1% de seu faturamento líquido, independente de qualquer tipo de retorno. "Se houver incentivo, mais dinheiro será aplicado." Hoje a fundação criada tem orçamento de R$ 8 milhões anuais e mantém, entre outros projetos, a reservas de Salto Morato, no litoral paranaense.

"Temos uma quantidade absurda de impostos e muitas vezes o dinheiro não é bem usado. Melhor seria entregá-lo para gente séria", diz o presidente do grupo Positivo, Oriovisto Guimarães. A empresa já investe em projetos ambientais, como a adoção de uma área nativa de araucárias. Mas ele acredita que o valor destinado poderia ser, no mínimo, três vezes maior.

O coordenador da ONG SPVS, Clóvis Borges, prevê a potencialização dos projetos da entidade, principalmente a adoção de áreas por empresas. Ele defende que a regulamentação da lei priorize investimentos para projetos de conservação ambiental em detrimento de outros sobre uso sustentável, para assegurar a preservação dos últimos remanescentes de mata nativa.

O diretor de programas para a Floresta Atlântica da The Nature Conservancy (TNC), Miguel Calmon, conta que esse tipo de retorno fiscal já é realidade nos Estados Unidos, país-sede da ONG, desde 1980. Hoje a situação no Brasil é a luta pelo convencimento numa área que ainda é considerada abstrata e de resultados não imediatos. "O proprietário só preserva se tiver incentivo. E o empresário também", pondera.

A experiência em conseguir recursos para projetos através de leis de incentivo faz Silvana Fontana, produtora da Cooperativa Cinema & Mídias Digitais, acreditar que a mesma revolução que a Lei Rouanet provocou no setor cultural pode ser estendida para a área de meio ambiente. "É a nossa grande fonte de recurso. (KB)

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