Os pequenos investidores também podem, e devem, buscar boas práticas de governança corporativa ao escolher ações. "Ele se protege quando os padrões de relacionamento entre empresa e investidor são transparentes", diz o gestor de fundos da Fator Administração de Recursos, Fernando Tendolini.
O economista Bruno Levacov, sócio da Investidor Profissional (IP), concorda. "Quando compra uma ação, o poupador deve ter em mente que ela não é só um papel, e sim um pedaço de uma empresa e deve se comportar como um dos donos." Uma das formas de identificar boas práticas é observar a comunicação da empresa com seus investidores. Conselhos administrativos e fiscais permanentes indicam que a companhia está conversando com seus investidores.
Além disso, em dezembro de 2000, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estabeleceu níveis diferenciados de governança corporativa para as empresas listadas. Segundo a entidade, a adoção de boas práticas dá mais credibilidade ao mercado acionário e, conseqüentemente aumenta a confiança e a disposição dos investidores para comprar ações e pagar um preço melhor por elas. Cada companhia com papéis negociados na Bovespa faz a opção pelos Níveis 1 ou 2, dependendo do grau de compromisso que pretende assumir.
O terceiro e mais elevado nível é o chamado Novo Mercado. A entrada nesse segmento também é opção da própria companhia listada, que assina um contrato pelo qual se compromete a um conjunto de regras societárias chamadas de "boas práticas de governança corporativa". Segundo a Bovespa, essas práticas ampliam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações prestadas pelas empresas.
A principal exigência do Novo Mercado que conta com 26 companhias é que o capital social da empresa seja composto apenas por ações ordinárias, que têm direito a voto nas assembléias. No site da Bovespa (www.bovespa.com.br), o investidor encontra as exigências e a lista completas das empresas enquadradas em cada nível.
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