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Rio (AG) – A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 0,75% em outubro para 0,55% em novembro, informou ontem o IBGE. Com isso, a taxa que serve de parâmetro para o sistema de metas de inflação do governo acumulou alta de 5,31% no ano e já supera o centro da meta fixada para 2005, de 5,1%. A desaceleração em novembro pode ser explicada pelo impacto menor do reajuste dos combustíveis. A taxa não caiu mais, porém, devido à alta dos preços dos alimentos.

As projeções do mercado, segundo pesquisa do Banco Central (BC) com analistas de cem instituições financeiras, estão em 5,63% para o IPCA fechado em 2005. Como o sistema prevê que a inflação pode subir até 7%, o índice ficaria dentro do intervalo estabelecido.

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 6,22%. Para levar a inflação a convergir para o alvo, o BC elevou por sete meses seguidos, a partir de setembro do ano passado, a taxa básica de juros da economia, a Selic. Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) volta a se reunir para decidir sobre os juros.

O número do IPCA de novembro veio ligeiramente acima do esperado pelos analistas de mercado, que apostavam em alta de 0,50%. Em novembro de 2004 a taxa mensal fora 0,69%. De janeiro a novembro do ano passado, o IPCA acumulado estava em 6,68%.

De acordo com um comunicado do IBGE, a redução do IPCA em novembro pode ser explicada pela desaceleração nos preços dos itens ligados aos transportes: em outubro, o grupo atingira 2,21% e fora responsável por 65% do índice. Já em novembro, baixou para 0,66%.

Após os aumentos de setembro (3,36%) e outubro (4,17%), ligados aos reajustes nas refinarias, a gasolina apresentou variação residual de 0,83%. O álcool, que, em outubro, havia concentrado alta de 10,48%, teve crescimento de preços mais moderado: 2,52%.

Além dos combustíveis (de 5,35% em outubro para 1,15% em novembro), o menor crescimento das taxas das passagens aéreas (de 11,06% para 5,04%) e dos ônibus urbanos (de 1,10% para 0,64%) fizeram a despesa com transportes subir menos. Outros itens, por outro lado, tiveram variações maiores de um mês para o outro. O principal impacto (0,06 ponto percentual) ficou com a energia elétrica, com 1,30% (0,51% em outubro).

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