Assim como ajudou na desaceleração da inflação oficial, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, anunciada pelo governo em 21 de maio, deve ajudar em uma recuperação das vendas do varejo ampliado em junho.
A queda de 0,7% nas vendas do varejo ampliado na passagem de abril para maio pode ser revertida se os dados de aumento de vendas de veículos anunciadas pelo setor se confirmarem, disse Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A redução de IPI para automóveis foi em 21 de maio. Então não teve reflexo ainda no nosso índice (na Pesquisa Mensal do Comércio - PMC - de maio). Mas, para o índice de junho, provavelmente (o índice) deve capturar essas informações também" afirmou Pereira, referindo-se aos números favoráveis de vendas de automóveis em junho anunciados pela Fenabrave e pela Anfavea.
Em maio, as vendas de veículos e motos, partes e peças aumentaram 1,5% ante abril. Na comparação com maio de 2011, houve recuo de 2,5% no volume de vendas. Até maio, a atividade acumula perda de 0,8% no ano, mas registra expansão de 1,2% em 12 meses.
No resultado de 4,2% nas vendas do varejo ampliado em maio ante maio de 2011, a atividade de veículos teve um peso de cerca de 36%, contribuindo negativamente para a formação da taxa total. Já a atividade de hipermercados, supermercados e produtos alimentícios foi responsável por uma fatia em torno de 27%.
"No varejo ampliado, os veículos têm peso grande, quase tanto quanto o de hipermercados e supermercados. O peso é calculado mês a mês, com base na receita", explicou o gerente do IBGE.
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