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Veja o calendário de elevação do tributo |
Veja o calendário de elevação do tributo| Foto:

Desempenho

No Brasil, venda caiu pouco

Até quinta-feira, faltando um dia útil para terminar o mês de outubro, os brasileiros haviam comprado 278.860 veículos novos, uma média diária de 13.943 unidades, segundo levantamento preliminar do setor automobilístico. O número final vai ficar abaixo do volume recorde comercializado em setembro, de 308.760 unidades (média diária de 14.702). Mesmo assim, já é o melhor outubro da história.

Em outubro de 2008, foram ven­­didos 239.236 veículos, incluindo caminhões e ônibus. O recorde anterior havia sido em 2007, com 244.451 unidades. No acumulado do ano até quinta-feira, as vendas somavam 2,581 milhão de unidades, 6,5% a mais do que em igual período de 2008.

Paraná

Ainda não há números fechados sobre o desempenho do mercado de veículos do Paraná em outubro. Os dados parciais, referentes à primeira quinzena do mês, eram ruins: na comparação com setembro, o fluxo de clientes nas lojas desabou 30% e as vendas, 20%, segundo a Fenabrave-PR.

A própria federação varejista admitiu que o "exagero" das propagandas do fim de setembro – que alardeavam que aquele mês seria o último de IPI reduzido – podem ter desestimulado o consumidor. "O cliente pensa que os veículos subiram 10%. E, na verdade, o IPI passou apenas de 0% para 1,5% em outubro, e vai para 3% em novembro", disse, há pouco mais de uma semana, o diretor-geral da Fenabrave-PR, Luiz Antônio Sebben.

No acumulado do ano até setembro, os números das revendedoras do estado ficam abaixo da média nacional. O mercado de automóveis e utilitários recuou 3,5%, o de caminhões encolheu 26% e o de motos, 39%.

Da redação, com agências

O Imposto sobre Produtos In­­dustrializados (IPI) cobrado na compra de carros novos sofre hoje um novo aumento. O tributo havia sido reduzido no fim de 2008, como medida de combate à crise, e voltou a ser elevado, gradualmente, a partir de outubro. No caso dos veículos com motor 1.0, a alíquota, que estava zerada até setembro e passou a 1,5% no mês passado, agora é de 3%.Apesar do aumento do imposto – que por enquanto só não ocorre para veículos utilitários –, concessionárias em Curitiba afirmam que os consumidores ainda encontrarão modelos à venda com o IPI de outubro, e alguns até com a alíquota de setembro.

O diretor de vendas Sérgio Zar­do, da Ford Metropolitana, afirma que as lojas da rede têm unidades da linha EcoSport, Fiesta e Focus com o IPI de setembro. O restante de seu estoque, cerca de 200 automóveis, foi taxado com IPI de outubro. "A expectativa é que isso dure até a metade de novembro", diz Zardo.

Na Servopa, concessionária da Volkswagen, linhas como Gol e Fox serão vendidas com IPI de outubro até a primeira quinzena de novembro, garante o diretor Marco Antônio Rossi. Mas, segundo ele, já se esgotaram os modelos taxados nos níveis de setembro.

"Neste início de mês, pesquisando e negociando bem, os clientes vão encontrar, sim, modelos sem esse repasse de IPI de novembro, podendo encontrar alguns carros até sem IPI", afirma o diretor regional paranaense da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-PR), Luiz Antônio Sebben.

Na semana passada, a proximidade da elevação da taxa de IPI provocou uma corrida de consumidores às lojas de veículos, dizem diretores de revendedoras. "Isso aconteceu em setembro e vai acontecer até dezembro. Sempre vem bastante gente nos últimos dias do mês para garantir o IPI mais baixo", diz Rossi, da Servopa.

Apesar disso, Zardo, da Ford Me­­tropolitana, sugere que o consumidor não deixe as compras pa­­ra o fim do mês. "Aí os modelos que o cliente quer normalmente já se esgotaram." Rossi sugere aos indecisos que façam suas compras no máximo até dezembro. "Em janeiro de 2010, as velhas taxas de IPI estarão de volta."

CrescimentoGraças à desoneração tributária e, mais recentemente, à recuperação econômica, o setor automotivo se aproxima do fim do ano com a ex­­pectativa de superar as vendas de 2008. "Com a nossa economia reaquecida e as taxas de juros mais bai­­xas, por mais que o IPI esteja vol­­tando, esperamos crescer 3% em relação ao ano passado", diz Sebben, da Fenabrave-PR. "Só o úl­­timo quadrimestre de 2009 terá um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2008, que foi o auge da crise econômica mundial."

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