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Na próxima semana os contribuintes do Paraná começam a receber pelos Correios os carnês para pagamento do Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Com o boleto na mão, muita gente se pergunta porque o imposto está mais caro, se o carro ficou mais velho ou uma batida desvalorizou o veículo. A explicação está na lei estadual que define o imposto, explica o chefe do setor de IPVA da Receita Estadual, Edson Luciani de Oliveira. "Para determinar o valor cobrado, não seria possível analisar um por um. Então, o IPVA corresponde ao valor de mercado do carro."

Ou seja, pela lei, o valor do imposto independente da situação do veículo. Sobre o valor de mercado, incide uma alíquota de 2,5%. Ônibus, caminhões, veículos de aluguel ou carga, assim como aqueles que utilizam gás natural veicular (GNV) têm alíquota reduzida de 1%.

Para definir o valor de mercado dos veículos, a Receita Estadual utiliza uma tabela desenvolvida pela Federação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). "A alíquota não muda há algum tempo. Se o valor subiu, é porque o preço de mercado na tabela subiu", explica Oliveira. "Assim como o valor do imposto pode diminuir, se o valor de mercado do bem cair."

O coordenador do setor de veículos da Fipe, João Alves, explica que a Federação acompanha mensalmente o comportamento do mercado. "As tabelas são atualizadas mensalmente, levando em conta as médias de preços de todo o país", diz. "Em cada estado há fatores regionais. No Sul, por exemplo, os carros são mais valorizados."

A tabela é semelhante à utilizada para pagamento de seguros de carros, por exemplo. "Muita gente acha que se trata do valor que uma loja pagaria pelo carro", diz Alves. "Mas não é isso. O valor venal é o preço médio oferecido pelo mercado por um determinado modelo de veículo, de determinado ano."

Segundo Alves, os veículos de passeio tendem a depreciação nos primeiros cinco ou seis anos de uso. "Depois disso, eles tendem a valorizar para acompanhar o aumento de preço dos carros novos." Ou seja, a valorização dos zero quilômetro puxa também a dos usados. "Foi o que aconteceu recentemente com o Vectra. Os antigos estavam com uma diferença muito grande de preço em relação aos novos. Por isso, em relação aos anos anteriores, ele se valorizou."

Quando um carro sai da concessionária, explica Alves, ele perde, em média, entre 15% e 20% do seu valor. Ainda assim, daqui a três ou quatro anos, quando ele for vendido, em geral vai valer o mesmo de quando foi comprado. "Se ele vale o preço pago na época, significa que o valor de mercado se valorizou."

Serviço: Informações sobre o IPVA no site da Receita Federal (www.fazenda.pr.gov.br) ou pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão nos telefones (41) 3350-5009 (Curitiba ou região metropolitana) e 0800-41-1528.

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