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O Senado de Itália adotou nesta sexta-feira (11) as medidas de ajuste exigidas pela União Europeia (UE) e espera agora pela renúncia de Silvio Berlusconi. Já na Grécia, o primeiro-ministro Lucas Papademos apresentou seu governo de coalizão nacional, no qual está presente a extrema direita do país pela primeira vez em quase 40 anos.

O Senado da Itália aprovou as medidas de ajuste para superar a crise econômica e reduzir a colossal dívida pública do país. O pacote deverá ser aprovado em definitivo no sábado (12) pela Câmara dos Deputados. Depois disso, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi deverá apresentar a renúncia e ser substituído por um governo de unidade nacional.

O plano de ajuste, aprovado por 156 votos a favor, 12 contrários e uma abstenção, inclui a venda de ativos públicos, a reforma do sistema previdenciário, a privatização de empresas públicas e a simplificação da administração pública.

O projeto também fixa medidas para estimular o emprego e o aumento do crescimento econômico, quase nulo nos últimos anos.

Os senadores do Partido Democrático (PD), o maior de esquerda, junto com os moderados reunidos no "Terceiro Polo", optaram pela abstenção como gesto de responsabilidade.

O pacote de medidas não inclui uma reforma dos contratos de trabalho para facilitar as demissões, que havia sido criticada pelos sindicatos.

Contudo, estão previstos cortes de gastos públicos, a reforma do sistema previdenciário, a privatização de empresas públicas e a simplificação da administração pública. Fixa medidas para estimular o emprego e o crescimento econômico, quase nulo nos últimos anos, com o objetivo de reduzir a colossal dívida pública de 1,9 trilhão de euros (120% do PIB).

A Bolsa de Milão festejou a aprovação das medidas e, até o início desta tarde, subiu 3%.

As obrigações da dívida italiana para os 10 próximos anos ficaram abaixo dos 5% nesta sexta-feira, após alcançar nesta semana o insustentável nível de 7%.

Com a provável nomeação de Mario Monti como primeiro-ministro, que conta com o apoio da maioria dos setores políticos, a Itália espera reconquistar a credibilidade dos mercados para evitar a quebra, graças a uma transição ordenada e aprovada em tempo recorde.

A Itália parece seguir o exemplo da Grécia, onde o economista Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), jurou nesta sexta-feira, já no cargo de primeiro-ministro grego, trabalhar pela unidade nacional para afastar a grave crise que atinge o país e ameaça toda a Eurozona.

A ultradireita voltou governo grego esta sexta-feira após um afastamento de 37 anos, desde o fim da ditadura dos coronéis em 1974, como integrante de um pacto de união nacional para fazer frente à crise da dívida que afundou a economia do país.

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, asseguraram nesta sexta-feira seu apoio ao novo primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.

Após desejarem-lhe sorte em suas funções para tirar o país do abismo da dívida, ambos lhe manifestaram seu apoio.

Segundo Merkel, Berlim "apoiará" a Atenas em seus esforços por superar a crise que deixou o país à beira da quebra.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, por sua vez, também assegurou estar disposto a defender a Europa com "todas as (suas) forças", razão pela qual terá que "colocar novamente nos trilhos" Grécia e Itália.

"Lutarei com todas as minhas forças para preservar a solidariedade e a força da Europa", declarou em um breve discurso nas redes de televisão TF1 e France2, ao término de uma cerimônia comemorativa do Armistício da I Guerra Mundial, nos Campos Elíseos.

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