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O Governo italiano afirmou, nesta terça-feira (20), que as conclusões nas quais se baseou a agência de medição de riscos Standard & Poor's (S&P) para rebaixar a classificação da dívida soberana da Itália estão ditadas por informações de jornais e não se baseiam na realidade.

"As avaliações da Standard & Poor's parecem mais ditadas pelo que contam os periódicos do que pela realidade, e estão influenciadas por considerações políticas", disse o Governo italiano, em comunicado.

Em sua conclusão, a S&P informa que "o rebaixamento reflete nossa visão de que a frágil coalizão que governa a Itália e as diferenças políticas dentro do Parlamento seguirão limitando a habilidade do Governo para responder de forma decisiva aos desafios internos e ao entorno macroeconômico externo".

Por isso, o Governo de Silvio Berlusconi matizou em seu comunicado que "sempre obteve a confiança do Parlamento, demonstrando a solidez de sua maioria".

Além disso, lembra na nota que a "Itália aprovou recentemente intervenções que preveem o equilíbrio orçamentário em 2013 e que o Governo projeta medidas a favor do crescimento, cujos frutos serão vistos já a curto ou médio prazo".

Prêmio de risco da Itália dispara

As conclusões da S&P fizeram com que, na manhã desta terça-feira (20), disparasse o prêmio de risco da Itália, medido pelo diferencial entre o bônus italiano a dez anos e o alemão de mesmo prazo, alcançando 399,3 pontos. Já a Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa, com seu principal indicador, o FTSE MIB, perdendo 1,05%.

Sobre a Itália pesa também a próxima decisão da agência de classificação de riscos Moody's, que na última sexta-feira decidiu esperar mais um mês para estudar um possível rebaixamento, depois que em 17 de junho pôs em revisão a avaliação do país europeu.

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