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O ministro da Economia italiano, Giulio Tremonti, intensificou pedidos para uma resposta mais coordenada à crise na zona do euro, incluindo a criação de bônus da zona do euro, às vésperas de uma importante cúpula franco-alemã na próxima semana. Tremonti voltou a propor a emissão de títulos em conjunto que fariam dívidas de governos individuais um fardo comum, dizendo que eles seriam a "principal solução" para a crise da dívida da zona do euro. "Não teríamos chegado onde estamos se tivéssemos os títulos do euro," disse ele no sábado. No entanto, a ideia foi imediatamente rejeitada pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble. Para ele, tais títulos minariam a base para a moeda única, enfraquecendo a disciplina fiscal entre os Estados membros. "Eu rejeito títulos do euro enquanto os Estados-membros conduzirem as suas próprias políticas financeiras. Nós precisamos de taxas de juros diferentes para que haja possibilidades de incentivos e sanções para forçar a solidez fiscal," ele disse à revista semanal Der Spiegel. "Sem esse tipo de solidez, não há base para uma moeda comum," acrescentou, de acordo com trechos de uma entrevista divulgados antes da publicação. Os comentários ressaltam as nítidas discordâncias que prejudicam os esforços para coordenar uma resposta à crise da zona do euro, cujas dívidas aumentaram dramaticamente no mês passado quando os mercados penalizaram a Itália, um dos países mais endividados do bloco. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, vão se reunir em Paris na terça-feira. Segundo Tremonti, há "fortes expectativas" para o encontro.

Ressaltando as preocupações sobre a propagação da crise da zona do euro para fora do bloco, o ministro das Finanças da Grã-Bretanha, George Osborne, disse que algum tipo de união fiscal pode ser necessária para os 17 membros da área do euro. Questionado se a única resposta para a zona do euro seria alguma forma de união fiscal, ele respondeu à rádio BBC: "A resposta curta é sim." O que está em jogo ganhou destaque em uma nova enquete do jornal Bild am Sonntag, no sábado. A pesquisa mostrou que 31 por cento dos alemães acreditam que o euro terá desaparecido até 2021.

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