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O primeiro pregão da semana foi marcado pela confirmação de que mais uma economia central caiu em recessão: o Japão confirmou ontem a contração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano. Com isso, a Bovespa acompanhou de perto o mau humor predominante em Wall Street, em mais um pregão bastante esvaziado. À tarde, o resultado surpreendente da produção industrial nos Estados Unidos ajudou a minorar o mau humor predominante nos mercados. O termômetro da bolsa, o Ibovespa, teve perdas de 0,20% no fechamento, aos 35.717 pontos. O giro financeiro foi de R$ 3,88 bilhões.

O mercado de câmbio negociou o dólar comercial a R$ 2,277 para venda, o que significa um acréscimo de 0,30% sobre a cotação de sexta-feira. Nas casas de câmbio, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,450, um avanço de 1,23%. O Banco Central ofereceu aos bancos 10 mil contratos de "swap" cambial, que oferecem proteção contra oscilação da moeda. A oferta foi tomada integralmente pelos agentes financeiros, numa operação de US$ 494,6 milhões.

Sem sair do lugar

Desde o mês passado, a bolsa brasileira tem patinado no patamar de 35 mil pontos e analistas não acreditam que o panorama se modifique até o fim deste ano. "Aquele desespero inicial com a crise gerou muita reação exagerada em setembro e outubro, mas parece que agora o mercado encontrou um patamar meio sustentável entre 35 mil e 37 mil pontos. Eu acredito que a bolsa entrou em uma fase de ‘andar de lado’ e deve ficar assim até o fechamento de 2008", comenta João Carlos Bercher, gerente de operações da corretora Petra, que aposta num Ibovespa abaixo dos 40 mil pontos no fim do ano.

Entre as principais notícias do dia, o governo japonês comunicou que o PIB nacional sofreu uma contração de 0,1% no terceiro trimestre, tecnicamente colocando o país em uma recessão. A crise financeira global aumentou as perdas do país no comércio internacional e enfraqueceu ainda mais a demanda doméstica.

O ministro da Economia do Japão, Kaoru Yosano, assim como muitos economistas, manifestou o temor de que a recessão japonesa se aprofunde por causa da queda no crescimento dos principais parceiros comerciais do país, como os EUA e a Europa, em meio à mais grave crise financeira global em décadas. "Os riscos de declínio da economia estão aumentando mais e o Japão está numa situação muito séria", declarou. A última vez que a economia do Japão havia recuado em três trimestres sucessivos tinha sido em 2001, após o estouro da bolha da internet.

Balanços

No front doméstico, a companhia aérea Gol informou um prejuízo de R$ 474,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, como resultado do impacto da brusca valorização do dólar sobre o caixa da empresa. No terceiro trimestre do ano passado, a companhia havia apurado ganho de R$ 49,41 milhões.

Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro começou a rever para cima suas projeções para a taxa de câmbio: a cotação prevista para dezembro subiu de R$ 2,06 para R$ 2,10.

Ações

Na Bovespa, com a queda das commodities, as "blue chips" Vale e Petrobras recuaram. Vale ON perdeu 1,29% e Vale PNA caiu 0,82%. Petrobras ON recuou 0,16% e a PN, 1,49%. Na Bolsa Mercantil de Nova Iorque, o contrato para dezembro do petróleo perdeu 3,66% e fechou em US$ 54,95. As siderúrgicas também tiveram recuo e ajudaram a sustentar o Ibovespa em baixa: Gerdau PN perdeu 3,29%, Metalúrgica Gerdau PN, 2,99%, Usiminas PNA, 0,73%.

As maiores baixas do Ibovespa, no entanto, foram do setor de construção civil. Gafisa ON liderou as perdas ao cair 8,23%, seguida por Rossi Residencial ON, que recuou 7,88%, e Cyrela ON, que caiu 6,76%

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