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Jurista colombiana Catalina Botero recebeu reconhecimento por sua atuação em defesa dos direitos humanos. | Anna Paula Franco/Gazeta do Povo
Jurista colombiana Catalina Botero recebeu reconhecimento por sua atuação em defesa dos direitos humanos.| Foto: Anna Paula Franco/Gazeta do Povo

Saiba mais sobre a trajetória de Catalina Botero:

Formada em Direito, em 1988, pela Universidad de los Andes, com pós-graduação na mesma instituição colombiana e posteriormente, na Espanha, na Universidad Complutense, na Universidad Carlos III e no Centro de Estudios Constitucionales.

Ainda na Colômbia, foi assessora do Procurador Geral da Nação; diretora da Dirección Nacional de Promoción y Divulgación de los Derechos Humanos en la Defensoría del Pueblo de Colombia.

Diretora de Consultorias em Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário na Fundación Social e professora e pesquisadora da Facultada de Direito da Universidad de los Andes e de outras universidades colombianas e estrangeiras.

Desde 2005, é Magistrada Auxiliar da Corte Constitucional da Colômbia.

É autora de diversos livros e ensaios sobre liberdade de expressão, direito constitucional, direito penal internacional e justiça em processos de transição política, publicados em vários países.

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Confira a íntegra do discurso da Catalina Botero

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A jurista colombiana Catalina Botero recebeu nesta manhã o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa, em cerimônia realizada durante o 10º Congresso Brasileiro de Jornais, em São Paulo. Relatora de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), entidade ligada à Organização dos Estados Americanos, Catalina foi escolhida pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) por seu trabalho incansável em defesa dos jornalistas que sofrem hostilidades de governos latino-americanos, como os da Colômbia, Venezuela e Bolívia.

Descrita por Francisco Mesquita Neto, vice-presidente da ANJ, como uma "defensora intransigente" dos direitos humanos e da liberdade da palavra, Catalina fez um discurso emocionante, em que destacou o trabalho da Relatoria, cargo do qual se despede em outubro, após dois mandatos em seis anos. "A Relatoria se justifica para defender essa espécie particular e imprescindível de literatura diária, que surge da paixão, do rigor e da honestidade de jornalistas que arriscam suas vidas em zonas de combate ou que investigam arquivos e cifras para nos explicar guerras que são feitas em outras línguas, para revelar abusos de autoridade ou para anunciar o nascimento de um novo livro de poesia."

Para a advogada (leia mais), prestar homenagens aos jornalistas que revelaram complexas tramas de corrupção ou graves violações dos direitos humanos "será sempre uma obrigação moral, não apenas em relação a eles e as vítimas dos atos que eles denunciaram, mas também às futuras gerações". Em seu discurso de agradecimento, ela também fez questão de ressaltar a relevância da imprensa escrita, em especial os jornais e periódicos. "Em um mundo de grandes transformações nos processos comunicativos e de uma vertiginosa circulação de informações, a primeira página continua sendo 'a primeira página'. Ela teima em continuar aí. Escrita. Indelével. E poucas coisas no mundo podem ter o mesmo impacto que ela tem sobre os funcionários públicos corruptos, sobre os políticos que se ligam ao crime, que abusam do seu poder, que traem os valores e os princípios democráticos", enfatizou a jurista.

Catalina disse não concordar com quem acredita que a imprensa escrita pode ser substituída por mensagens de 140 caracteres e confessou possuir uma razão "íntima e pessoal" que a leva a defender a imprensa livre. "Não suporto o autoritarismo e admiro até o fim as pessoas livres, o jornalismo independente e o pensamento crítico", finalizou, antes de receber longos aplausos da plateia, que se levantou para homenageá-la.

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