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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (5) que, com a taxa de juro mais baixa no Brasil, o País deixou de atrair mero capital externo especulativo ou para operações de arbitragem. Por isso, segundo ele, foi possível realizar mudanças na cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre capitais externos. Nesta quarta-feira o governo reduziu de 720 dias para até 360 dias o prazo para as operações de empréstimos externos que são taxadas com alíquota de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

De acordo com o ministro, não houve preocupação específica com a inflação para a adoção da medida. O objetivo seria ampliar investimentos no País nesse momento em que há uma diminuição do apetite por arbitragem. "Agora, só vai trazer recursos para a atividade produtiva. A inflação é sempre uma preocupação do governo, mas a medida não tem nada a ver com a inflação", disse ao chegar ao Ministério da Fazenda.

Para Mantega, à medida que o País tem taxa de juros mais parecida com a taxa de juros externa, diminui o apetite para especulação e arbitragem. Com isso, diz ele, o recurso que entra no País é para a atividade produtiva. "Então, pode liberar mais (o IOF) porque o mercado se equilibra melhor."

Quanto ao dólar, o ministro da Fazenda ressaltou que o câmbio no Brasil opera sob o regime de flutuação e que, portanto, não tem limite. Entretanto, com a taxa de juros mais equilibrada, há menor volatilidade no câmbio. "O câmbio fica em uma situação mais real, com menos necessidade de intervenção do governo."

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