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Mantega: a meta de inflação fica igual para não deixar BC em “saia justa” | FabioRodrigues Pozzebom/ABr
Mantega: a meta de inflação fica igual para não deixar BC em “saia justa”| Foto: FabioRodrigues Pozzebom/ABr

Bancos

Limite de conta simplificada vai a R$ 2 mil

Os correntistas que usam as contas bancárias simplificadas poderão aumentar a movimentação financeira mensal, sem correrem o risco de perder as vantagens como reduções de tarifas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou de R$ 1 mil para R$ 2 mil o limite de depósito que estas contas especiais podem receber por mês. Também só poderão ser bloqueadas se os valores depositados no mês superarem R$ 5 mil. O teto anterior era de R$ 3 mil. Essas contas simplificadas foram criadas em 2004 para ampliar o acesso da população de baixa renda aos serviços bancários. Com a política de reajuste do salário mínimo, dos benefícios da previdência e de programas sociais do governo, o CMN decidiu atualizar os valores de movimentação para evitar que estes aumentos levem à exclusão de correntistas.

Com o objetivo de não encarecer os financiamentos produtivos, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 6% ao ano no próximo trimestre, apesar da trajetória de alta dos juros básicos do país, a taxa Selic. Hoje, a Selic está em 10,25% e a expectativa do mercado é que ela termine este ano a 12% ao ano. A TJLP está no atual patamar há exatamente um ano.O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, argumentou que não se pode considerar apenas o momento econômico atual para definir a TJLP, usada sobretudo nos empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas. "É preciso levar em consideração investimentos de longa maturação", defendeu ele.

Meta de inflação

O CMN, em decisão unânime, também definiu que a meta de inflação de 2012 será a mesma estabelecida desde 2006: 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos para mais ou menos. Também foi confirmado objetivo de 4,5% para 2011.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esse é o patamar que está permitindo um crescimento sustentável da economia. Segundo ele, se o Brasil tivesse uma meta menor este ano, por exemplo, o Banco Central (BC) teria de subir ainda mais as taxas de juros para evitar uma pressão inflacionária diante do forte aquecimento da economia. "É a meta que está dando certo nos últimos anos e que tem permitido manter a inflação sob controle e, ao mesmo tempo, permitido a expansão da economia sem colocar o BC numa saia justa, numa camisa de força", disse o ministro.

Embora alguns analistas do mercado e integrantes da própria equipe econômica defendessem a fixação de uma meta um pouco menor – que poderia atuar na redução das expectativas de inflação e assim ajudar a baixar os índices de preços, Mantega afirmou que isso é algo para governos futuros. Ele destacou que a inflação deve fechar 2010 em torno de 5% e em 2011, a 4,6%. "Se esse quadro se alterar no futuro, os próximos governos deverão fazer as alterações", disse ele.

O ministro voltou a enfatizar que apesar de a inflação estar projetada para um patamar acima do centro da meta este ano, a economia não passa por um superaquecimento.

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