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Na primeira participação de Guido Mantega no Conselho Monetário Nacional (CMN) como ministro da Fazenda, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) foi reduzida de 9% ao ano para 8,15% e irá vigorar entre abril e junho. A TJLP serve de referência para os empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal fonte de recursos para o financiamento das empresas brasileiras.

Quando estava na presidência do BNDES, Mantega defendia a redução da TJLP para 7%. Indicado nesta semana para substituir Antônio Palocci no comanda da Fazenda, Mantega aceitou ontem que a taxa tivesse uma redução menor.

Além de Mantega, são membros do CMN o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A decisão de ontem foi unânime.

Tanto Mantega quanto Meirelles têm se esforçado para demonstrar que há um clima positivo na equipe econômica. No passado, entretanto, os dois nunca esconderam suas divergências.

A fórmula para estabelecer a TJLP leva em conta a expectativa de inflação para os próximos 12 meses (4,5%) e o risco-país do Brasil, que está abaixo dos 250 pontos. Ou seja, se a fórmula fosse sempre respeitada, haveria espaço para reduzir a taxa para 7%.

Sua redução é uma das reivindicações do setor produtivo, que reclama que a TJLP não tem acompanhado a redução na taxa básica de juros da economia, a Selic, que desde setembro do ano passado já foi reduzida em 3,25 pontos porcentuais e hoje está em 16,5% ao ano.

A TJLP que vigorou entre abril de 2004 e dezembro de 2005 foi de 9,75% ao ano. Na reunião de dezembro do CMN, foi reduzida para 9% ao ano e a partir de hoje cai para 8,15%.

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