• Carregando...

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com as pessoas físicas voltou a recuar em agosto deste ano, atingindo o patamar de 46,6% ao ano, informou nesta segunda-feira (24) o Banco Central (BC). Essa é a taxa mais baixa desde 1994, quando tem início a série histórica do BC. Em julho, a taxa estava em 47% ao ano e, no final de 2006, em 52,1% ao ano.

No caso das pessoas jurídicas, porém, a taxa apresentou crescimento de 0,1 ponto percentual em agosto deste ano, para 23,1% ao ano. Em julho, estava em 23% ao ano. "Essa variação [elevação] foi determinada, principalmente, pelo incremento das taxas médias de juros das operações contratadas com encargos flutuantes e com encargos prefixados, que subiram 0,7 ponto percentual e 0,2 ponto percentual, respectivamente", informou o BC.

No caso da taxa geral cobrada pelas instituições financeiras em suas operações de crédito, ou seja, que engloba as operações das pessoas físicas e jurídicas, foi observado novo recuo em agosto deste ano. No mês passado, os juros médios caíram para 35,7% ao ano, os mais baixos desde o ano 2000 - quando o BC começou a apurar este indicador. Em julho, os juros médios estavam em 35,9% ao ano.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, avaliou que, apesar de as taxas de juros cobradas pelos bancos nas operações com pessoas físicas já serem as mais baixas da história, ainda há espaço para novas reduções no futuro. "O spread destas operações [com pessoas físicas] ainda é bastante elevado [35,3 pontos percentuais em agosto]. É possível queda da taxa pela redução do spread", explicou Lopes.

Spread bancário

O spread bancário, por sua vez, que é a diferença entre a taxa de captação dos bancos e aquela cobrada dos seus clientes, caiu de 25,1 pontos percentuais em julho para 24,7 pontos percentuais em agosto deste ano. O spread é formado pela taxa de inadimplência, pelo lucro dos bancos, pelos tributos, e pelos depósitos compulsórios, entre outros.

Nas operações com pessoas físicas, o spread caiu de 36,3 pontos percentuais em julho para 35,3 pontos percentuais em agosto. Nas operações com as empresas, porém, houve elevação do spread bancário, que subiu para 12,4 pontos percentuais em agosto, contra 12,1 pontos percentuais em julho.

A taxa de inadimplência, considerados os atrasos superiores a noventa dias, manteve-se estável no mês passado, informou o BC, representando 4,7% do total da carteira de crédito referencial. Por segmento, os atrasos relativos às pessoas jurídicas se mantiveram no patamar de 2,4%, enquanto que a inadimplência para pessoas físicas apresentou elevação de 0,1 ponto percentual, alcançando 7,2%.

Principais linhas de crédito

A taxa média de juros do cheque especial buscar pessoa física teve elevação de 0,3 ponto percentual em agosto deste ano, para expressivos 139,5% ao ano. No acumulado de janeiro a agosto, porém, os juros desta modalidade de crédito caíram 2,5 pontos percentuais visto que, no final de 2006, estavam em 142% ao ano.

Ainda para as pessoas físicas, a taxa cobrada pelos bancos no crédito pessoal caiu para 49,9% ao ano em agosto, contra 50,6% ao ano em julho. Em 2007, os juros do crédito pessoal recuaram 7,3 pontos percentuais. Para a aquisição de veículos, a taxa apresentou estabilidade em 28,7% ao ano em agosto deste ano. Nos oito primeiros meses de 2007, porém, teve queda de 3,6 pontos percentuais.

Para as empresas, houve elevação de 0,4 ponto percentual na taxa cobrada para capital de giro, que passou de 28,1% ao ano em julho para 28,5% ao ano em agosto. Para desconto de duplicata, a taxa subiu de 31,8% ao ano em julho para 32,6% ao ano em agosto. No caso do desconto de promissória, porém, foi registrada uma queda de 0,6 ponto percentual em agosto, para 41,9% ao ano.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]