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A TMT Motoco do Brasil, fabricante de motores para a montadora norte-americana Tecumseh, conseguiu na Justiça de Campo Largo o direito de usar o dinheiro depositado em juízo, e que seria destinado à quitação de dívidas, para pagar rescisões contratuais e férias coletivas de seus funcionários. Os cerca de 860 empregados diretos da empresa entrarão em férias a partir da segunda-feira, por 20 dias. Neste período a TMT tentará conseguir a homologação (aprovação da Justiça) de seu plano de recuperação extrajudicial, que consiste basicamente na renegociação do prazo para o pagamento de sua dívida, na casa dos R$ 200 milhões. Com as contas bancárias bloqueadas, a empresa parou a produção, no início da semana.

Ontem também, em nota à imprensa, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) disse que a empresa "convocou trabalhadores para embalar peças e retirar máquinas", o que foi definido como "fuga estratégica". A TMT se defendeu, por meio da assessoria de imprensa, ao dizer que não está retirando máquinas ou equipamentos da planta, mas fazendo a entregas de motores já fabricados em cumprimento a acordos comerciais. Uma comissão formada por delegados sindicais e funcionários acompanha as movimentações e negociações da empresa.

Na última quinta-feira, a TMT entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) contra o Unibanco, credor da empresa em R$ 37,985 milhões. O Unibanco, assim como o Banco Alfa, não acatou o plano de recuperação da empresa, e também decidiu liquidar o empréstimo. Já os credores Bradesco, HSBC e Itaú concordaram em alongar o prazo para o pagamento da dívida da fabricante de Campo Largo.

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