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São Paulo (das agências) – A desembargadora federal Suzana Camargo negou nesta tarde o habeas corpus em favor de Antônio Carlos Piva de Albuquerque, sócio da boutique Daslu e irmão da empresária Eliana Tranchesi. Também foi negado o pedido de liberdade para Celso de Lima, contador e sócio de uma importadora que revendia produtos a Daslu. Os dois permanecem na sede da Polícia Federal, em São Paulo. Eliana também foi presa na manhã de quarta-feira e liberada à noite, depois de prestar depoimento. Os três são suspeitos de formação de quadrilha, sonegação, descaminho (importação fraudulenta) e falsidade material. Em depoimento, a empresária teria afirmado que cuidava do marketing e do "glamour" da marca. A parte fiscal e administrativa da Daslu ficaria a cargo do irmão dela.

Eles tiveram a prisão preventiva decretada por cinco dias. De acordo com o procurador da República Matheus Baraldi Magnani, a prisão foi determinada para evitar que os suspeitos destruíssem provas materiais. A Polícia Federal ainda não cumpriu um quarto mandado de prisão. O nome do suspeito não foi divulgado.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promove segunda-feira uma reunião de mais de 20 entidades empresariais e trabalhistas contra o que chamou de ‘’recentes arbitrariedades" cometidas pela Polícia Federal. O protesto foi marcado um dia depois de cerca de 240 policiais federais e da 80 fiscais da Receita Federal realizarem uma operação de busca e apreensão na megaloja da Daslu.

A rotina na megaloja de luxo não sofreu grandes modificações com a batida da PF. A liquidação iniciada na segunda-feira continuou oferecendo todo o estoque de suas 120 marcas por 50% do valor da etiqueta. Até meados de agosto – quando chega a coleção de verão – as roupas de inverno da grife própria da Daslu (incluindo os jeans) estarão pela metade do preço. Grandes marcas importadas como Prada, Moschino e D Squared também são vendidas com desconto de 50%, afirmam as atendentes da loja, por telefone. Já outras, como a Giorgio Armani, chegam a 40% do preço original.

Nem sempre o desconto alivia o bolso do freguês que não tenha milhares de reais a desembolsar por uma peça de roupa. Na Giorgio Armani, por exemplo, um vestido longo azul marinho, inteiro bordado de cristais Swarovski, caiu de R$ 98 mil para cerca de R$ 50 mil. Modelos como o longo bege de fitas – da coleção atual – que custa em torno de R$ 10 mil, não entraram na promoção.

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