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São Paulo – A Klabin, maior fabricante de papel de embalagem da América Latina, anunciou ontem o investimento de R$ 1,5 bilhão na ampliação de sua fábrica de Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais. Com a ampliação, a unidade paranaense se posicionará entre as 12 maiores indústrias de papel cartão (matéria-prima de vários tipos de embalagens) do mundo.

O anúncio foi feito em São Paulo pelo diretor geral da empresa, Miguel Sampol. Segundo ele, o investimento deverá ser aprovado no primeiro trimestre de 2006. Como o processo de implantação é de 20 meses, a produção começará em 2008. Com a expansão, a unidade de Telêmaco Borba, batizada pela companhia como Monte Alegre, aumentará sua produção das atuais 700 mil toneladas anuais para 1,1 milhão de toneladas anuais. Serão contratados 300 funcionários, que se somarão ao atuais 4 mil.

Segundo Sampol, o principal foco dessa expansão será o mercado externo. Hoje, um terço da produçãoda fábrica é exportado e a empresa responde por 75% dos embarques brasileiros de papéis para embalagens. A partir da ampliação, o volume exportado absorverá dois terços da produção. "Temos grandes mercados para esse produto, como Argentina, China e Cingapura", afirmou o principal executivo da companhia, de capital 100% brasileiro. Os produtos da Klabin chegam a mais de 50 países.

Sampol informou que a Klabin vai buscar financiamento de 50% do valor investido junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa teve faturamento de R$ 2,7 bilhões em 2004.

A Klabin tem 17 fábricas no Brasil – em 8 estados – e 1 na Argentina. A unidade paranaense foi a escolhida porque possui a maior área de florestas cultivadas do grupo e poderá suprir o crescimento da demanda por matéria-prima. Na região de Telêmaco Borba, a Klabin tem 120 mil hectares ocupados com pinus e eucalipto. "Além de matéria-prima, a planta de Monte Alegre domina a tecnologia de produção de papelcartão", explicou Sampol.

Apesar da expansão prevista, o executivo lamentou o baixo crescimento econômico do Brasil e a valorização do real que, na sua avaliação, freiam o mercado interno e atrapalham as exportações da empresa. Nas fábricas de papel ondulado da companhia, por exemplo, a ociosidade média, ao longo de 2005, foi de 25%.

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