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FMI é um pouco menos otimista com Brasil do que mercado

As novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) são ligeiramente menos otimistas com o Brasil do que o mercado financeiro nacional, quando se toma por base o boletim semanal Focus do Banco Central

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera obter nesta semana a concordância dos governos para aumentar seus recursos em mais de 400 bilhões de dólares, cerca de dois terços do montante que há três meses a instituição disse que seria necessário, sinalizou nesta terça-feira a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde. A diretora-gerente, que já havia indicado que o Fundo precisaria de menos do que o imaginado anteriormente, disse que o sucesso de alguns países em levantar fundos nos mercados financeiros no primeiro trimestre diminuiu a pressão sobre seus recursos de combate à crise. Em uma entrevista nesta terça-feira ao Il Sole 24 Ore, ela elogiou os esforços de reforma feitos pelo governo da Itália e disse que a confiança do mercado melhorou desde que Roma concordou com a supervisão reforçada do FMI. Ela também viu avanço na Espanha. "Eu realmente espero que nesta semana cheguemos a uma massa crítica de mais de 400 bilhões de dólares. Estamos determinados a fazer tudo que pudermos", declarou Lagarde ao principal jornal financeiro italiano, embora tenha afirmado também que a definição final do montante possa demorar um pouco mais. Ministros de finanças reúnem-se em Washington em 20 e 21 de abril. "Estou pronta para deixar a questão em aberto por algumas semanas: alguns países precisam de um pouco mais de tempo para aprovação parlamentar", acrescentou. Em janeiro, o FMI estimou que precisaria de 600 bilhões de dólares em novos recursos. Autoridades do G20 -grupo das principais economias do mundo- disseram à Reuters na semana passada que o grupo provavelmente concordaria em dar ao FMI algo entre 400 bilhões e 500 bilhões de dólares. Na entrevista, Lagarde disse que os riscos de crise do crédito diminuíram. "A avaliação global do risco está inalterada, mas agora é abril e alguns países já levantaram nos mercados mais da metade do que precisam para 2012; então nossa estimativa encolheu", afirmou. "Em alguns países, para pequenas e médias empresas, para as famílias, o crédito pode estar mais caro e difícil, mas isso não é uma ameaça tão séria quanto temíamos em dezembro." Lagarde declarou que o FMI vai continuar pressionando para que os fundos de resgate da zona do euro possam emprestar diretamente aos bancos, a fim de restabelecer a ligação entre os credores e o risco soberano. "Eu apresentei a ideia em julho; ela não foi aceita. Vamos insistir." Lagarde disse que a Espanha deve continuar em seu caminho de reforma depois das melhoras alcançadas até agora e elogiou a Itália pela "enorme sequência de reformas, com mais a vir". Brasil No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na segunda-feira que o governo brasileiro não injetará mais recursos no Fundo Monetário Internacional (FMI) enquanto não houver sinais de avanço nas reformas da instituição, que poderiam aumentar a participação de países emergentes no processo de decisões.

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