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ENERGIA

Lagos sobem ao maior nível em 19 meses

Depois das chuvas, os lagos das hidrelétricas do Sul chegaram a 81% da capacidade, dispensando a importação de energia do Sudeste

Beneficiados pelas fortes chuvas, os reservatórios das hidrelétricas do Sul do país alcançaram o maior nível em 19 meses. No fim de junho os lagos ocupavam em média 81% de sua capacidade, a taxa mais alta desde novembro de 2011. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Com essa melhora, a região pôde dispensar a ajuda do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, de quem vinha importando energia até pouco tempo atrás. Em 30 dias, os reservatórios do Sul subiram 27 pontos porcentuais – eles haviam encerrado o mês de maio na marca de 54%. A última vez que os lagos encheram tão rápido foi em julho de 2011.

Nas outras regiões as chuvas não fizeram tanto efeito. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, houve aumento de apenas 1 ponto porcentual em junho, para 64%. No Norte e no Nordeste, os reservatórios tiveram leve queda, para 94% e 47% da capacidade máxima, respectivamente.

Termelétricas

A melhora no armazenamento levou o governo a determinar o desligamento, ontem, de 34 usinas termelétricas movidas a diesel e óleo combustível. A medida, segundo o ONS, retira 3,8 mil megawatts do sistema elétrico nacional e levará ao "consumo" de aproximadamente 1,5 ponto porcentual por mês dos reservatórios de hidrelétricas.

"Temos de aproveitar o momento. Agora, se a hidrologia reverter, voltam as térmicas", disse ontem o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. Ele afirmou que, se a hidrologia melhorar, o governo pode desligar uma parte ou todas as térmicas a gás natural, que seguem em operação – uma delas é a UEG Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

O desligamento das 34 usinas significa uma economia mensal de R$ 1,4 bilhão, segundo o governo. O país vinha gastando mais de R$ 2 bilhões por mês com as termelétricas de emergência, acionadas com o objetivo de poupar os reservatórios.

Quase toda essa despesa é repassada aos consumidores no aniversário de concessão de cada distribuidora. Foi esse repasse que fez com que a paranaense Copel tivesse direito a um reajuste médio 14,6% neste ano – aumento que, por ordem do governo estadual, não foi aplicado.

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