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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu ontem, em conversa com representantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que poderá deixar o governo caso seja aceita a proposta, defendida por uma ala do governo, de reduzir a zero a meta de superávit primário para o próximo ano, fixada por ele em 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). “Se zerar o superávit, estou fora”, disse.

A eventual mudança na meta de economia que o país pretende fazer em 2016 para pagar os juros da dívida pública é um dos pilares da gestão Levy. A previsão do superávit de 0,7% do PIB consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que pode ir a votação a partir da próxima terça-feira (15) dia em que haverá sessão plenária do Congresso.

O líder do governo na CMO, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), garantiu que apresentará uma emenda para ser votada em plenário a fim de contemplar a chamada “meta zero”. O petista disse que, se for aceita, essa alteração permitirá a liberação de R$ 34 bilhões em recursos. Desse total, R$ 24 bilhões serviriam para bancar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros R$ 10 bilhões para impedir um eventual corte nesse valor do Bolsa Família.

Essa é a intenção do relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para fechar as contas.

reforma da previdência

Em um almoço de confraternização com dirigentes de bancos, o ministro Joaquim Levy disse o Tesouro Nacional teve um superávit de R$ 48 bilhões neste ano, mas esse resultado se transformou em déficit após incorporar o rombo da Previdência Social. “Precisamos enfrentar o problema da previdência, estabelecer uma idade mínima para aposentadoria e um tempo mínimo de contribuição”, disse. Levy afirmou que o mau desempenho da economia neste ano foi influenciado por fatores externos e de natureza política. “Foi um ano atípico, que foi ficando mais atípico”.

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