A libra esterlina, moeda oficial do Reino Unido, atingia, na manhã desta terça-feira, sua maior cotação últimos 26 anos com relação ao dólar, graças à opinião do mercado de que o Banco da Inglaterra aumentará as taxas de juros na próxima quinta-feira.
A moeda britânica era negociada esta manhã a US$ 2,018, frente aos US$ 2,017 dessa segunda-feira, atingindo sua maior cotação desde 1981, depois de o mercado especular que o Banco Central britânico deve elevar em 0,25 ponto percentual a taxa de juros em sua próxima reunião, na quinta-feira, fixando-a em 5,75%.
A isto se soma a pouco atrativa situação do dólar nos Estados Unidos, segundo os analistas, onde tudo parece indicar que o Federal Reserve pode baixar a taxa de juros atual - que está em 5,25% -, por problemas no mercado imobiliário e a incerteza sobre a situação econômica naquele país.
À atual debilidade da moeda americana contribui o fato de que países como a China ou os produtores de petróleo estejam aumentando suas reservas monetárias com moeda distintas e que o dólar esteja perdendo atrativos como moeda de reserva.
Os especialistas acreditam que o nível de dois dólares por libra se mantenha durante algum tempo, diante da expectativa de que as taxas de juros continuem subindo no Reino Unido, provavelmente podendo alcançar 6% antes do final do ano, embora o nível já seja mais alto dos sete países mais poderosos do mundo.
O Banco da Inglaterra, que tem como meta alcançar e manter a inflação em 2% - atualmente está em 2,5% - divulgará sua decisão sobre a possível alta dos juros na próxima quinta-feira. Se forem confirmadas as expectativas, será o quinto aumento dos juros em menos de um ano.
Mas a moeda americana, no entanto, ganhou algum terrreno frente ao franco suíço e ao euro. Com relação à moeda comum européia, o dólar era cotado próximo a níveis recordes, diante das preocupações sobre o setor imobiliários dos Estados Unidos, respaldando as perspectivas de que os custos de crédito continuariam estáveis nos Estados Unidos, enquanto apresentava alta em outras regiões.
Os investidores também resistiam a arriscar maiores apostas com o dólar às vésperas do feriado do Dia da Independência, comemorado nesta quarta-feira.
-A perspectiva de endurecimento monetário nestes dois bancos centrais (zona do euro e Reino Unido) está apoiando a perspectiva do mercado sobre essas moedas, disse especialista em moedas do Lehman Brothers, Phyllis Papadavid.
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