O líder da oposição Ed Miliband, do Partido Trabalhista do Reino Unido, pediu neste domingo uma assessoria independente sobre as implicações da provável aquisição da farmacêutica britânica AstraZeneca pela concorrente norte-americana Pfizer.
A empresa britânica rejeitou na sexta-feira uma oferta da Pfizer de 63 bilhões de libras (US$ 106,4 bilhões), dizendo que a proposta desvalorizava substancialmente a companhia. Mas a Pfizer deve continuar as tentativas de aquisição.
Em carta ao primeiro-ministro David Cameron, Miliband disse que a oferta da Pfizer pela AstraZeneca "levanta sérias questões sobre uma área-chave da nossa economia". "Estou fortemente convencido de que, em se tratando de um setor tão estratégico do mercado britânico, precisamos de uma avaliação mais aprofundada para definir se esta aquisição é do interesse da economia nacional e o governo decidir se apoia a transação", disse o parlamentar.
Prevendo as sensibilidades políticas do acordo, a Pfizer enviou na sexta-feira uma carta a Cameron, ressaltando como a compra beneficiaria a Grã-Bretanha com mais postos de trabalho. A carta incluiu compromissos de estabelecer um importante centro de pesquisa e desenvolvimento em Cambridge - o que daria continuidade ao plano da AstraZeneca de se instalar na cidade universitária; manter 20% da força de trabalho em P? e manter unidades fabris em Macclesfield, no noroeste da Inglaterra.
Miliband criticou garantias da Pfizer chamando-as de "promessas específicas que só duram para os próximos anos".
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