O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, avaliou que o acordo obtido na cúpula do G-20 marca uma "virada na busca pela recuperação econômica global". Para ele, os líderes concordaram em dar "passos sem precedentes para restaurar o crescimento e evitar que crises como a atual aconteçam de novo", disse, após a apresentação do acordo feita pelo premiê britânico, Gordon Brown.
Na opinião de Obama, o encontro foi histórico e "muito produtivo" devido ao alcance dos desafios que o mundo enfrenta para corrigir os rumos da economia. "O desafio é claro. A economia do mundo está se contraindo", disse, acrescentando que é preciso união global para que a economia volte a crescer. "Devemos isso a todos os nossos cidadãos."
"Queríamos garantir que teríamos uma resposta forte e coordenada para crescer", afirmou. Obama disse que não há um ponto específico do acordo que poderia ter um reflexo mais imediato na economia americana, mas afirmou que o acordo "não é uma panaceia, mas um passo crítico" tanto para os EUA como para a economia global.
O presidente americano se disse comprometido em "forjar um consenso ao invés de ditar os termos" e afirmou que se os EUA tivessem agido sozinhos, não teriam atingido "nem metade da eficácia".
Europa
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, declarou que a cúpula lançou uma "nova ordem mundial". Para o líder de centro-esquerda, a reunião selou o fim do Consenso de Washington, o receituário liberal que o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o governo americano incentivavam os países em desenvolvimento a adotar, a partir dos anos 80. "Começou uma nova era de cooperação internacional", anunciou Brown.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que antes do encontro advertiram que a adoção de medidas regulatórias era "inegociável", também se mostraram contentes. Merkel disse que o comunicado de ontem era "uma solução de compromisso muito, muito boa, quase histórica".
Já Sarkozy, que antes da cúpula ameaçou abandonar a mesa de negociações se não visse avanços concretos rumo à regulação dos mercados, considerou a adoção das medidas contra os paraísos fiscais como uma vitória sua e declarou que os resultados ficaram "além de suas expectativas".
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