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A Light informou nesta sexta-feira à Bovespa e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma correção em seu balanço do segundo trimestre, elevando em R$ 443,7 milhões as provisões. Esses recursos serão reservados para contingências, como processos judiciais, créditos duvidosos e até mesmo déficit autuarial.

Segundo o novo diretor-presidente da Light, José Luiz Alquéres, o objetivo é deixar mais claro o balanço da empresa. Em sua primeira entrevista coletiva, Alquéres informou que a Light pretende melhorar sua estrutura de capital e reabrir negociações com credores.

- A dívida foi negociada em uma época em que as condições de mercado e da companhia eram outras. Pretendemos fazer uma negociação aberta, mostrando nosso novo modelo de gestão, que inclui 14 projetos e 60 metas - disse.

Um dos principais objetivos da nova diretoria será reduzir as perdas com furtos de energia, que hoje chegam a 24% do total. A estratégia será usar ações sociais e uma maior articulação com outras concessionárias de serviços píblicos, como a Telemar e a Cedae.

A empresa investe por ano cerca de R$ 90 milhões para combater perdas.

- Esse é um problema que não se combate militarmente nem tecnologicamente apenas. Não se resolve só com represssão. Se resolve também com conscientização - afirmou.

- No Rio de Janeiro a perda total de energia é da ordem total de 25%. Em São Paulo, 9%. Não vejo muita diferença entre o povo do Rio e de São Paulo.

O diretor-presidete da Light informou ainda que a empresa está negociando um acordo de patrocínio com a ONG Comitê pela Democratização da Informática (CDI). Pelo acordo, todas as unidades do CDI nos municípios em que a Light atua, passariam a ser patrocinados pela concessionária.

A empresa também quer reconquistar os clientes industriais que perdeu. Dos chamados clientes livres - que podem escolher de quem comprar energia - a Light perdeu o equivalente a 25% de seu consumo industrial dos últimos anos.

Para isso, sua subsidiária Light Esco, que antes atuava apenas em questões de eficiência energética, agora funcionará como comercializador de energia.

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