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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia hoje a criação de uma linha especial de crédito de R$ 3 bilhões para capital de giro para o setor da construção civil. Segundo ele, serão recursos da Caixa Econômica Federal (CEF) que não virão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O custo do financiamento ainda não foi definido, disse Mantega, "mas, seguramente, será a taxas abaixo do mercado". "O setor tem que ter garantias de que de vai dar continuidade a seus projetos", disse o ministro.

Segundo uma fonte da equipe econômica, as grandes construtoras podem ter problemas de caixa com a escassez de crédito e correm o risco de não entregar empreendimentos aos mutuários se não forem tomadas medidas adicionais e fortes do setor público. Serão colocadas em prática, segundo este interlocutor, as medidas que irrigarem a construção civil com mais rapidez. Poderão se beneficiar da medida empresas pequenas, médias e grandes, de capital aberto ou fechado.

A preocupação do governo, revelou a fonte, é o fato de muitas construtoras do país – especialmente um grupo de pouco mais de 20 que estão listadas na Bovespa – terem vendido, em média, 60% das unidades dos projetos lançados. Antes do aquecimento do mercado, o número ficava entre 20% e 30%.

Com o "boom" do financiamento imobiliário, as construtoras abriram capital e levantaram muito dinheiro. Compraram terrenos e começaram a vender milhares de empreendimentos. Agora, não só a Bolsa despenca como secaram os demais canais de financiamento. As construtoras ficaram, assim, sem recursos para dar continuidade aos empreendimentos. Segundo analistas do mercado, há empresas que não estão conseguindo honrar seus compromissos.

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