• Carregando...
O leilão é o primeiro passo da Caixa para vender um imóvel retomado. Mas há outras maneiras de comprar um bem do banco. | /Bigstock
O leilão é o primeiro passo da Caixa para vender um imóvel retomado. Mas há outras maneiras de comprar um bem do banco.| Foto: /Bigstock

Nesta quarta-feira (28), a Caixa Econômica Federal realizará dois leilões de mais de 50 imóveis retomados em todo o Paraná. Há casas, apartamentos e imóveis de outras tipologias com preços que, segundo o banco, são menores do que os praticados no mercado. Além desses imóveis em leilão, há ainda outros 175 disponíveis pelo banco via outros meios de compra: licitação aberta, licitação fechada ou venda direta.

INFOGRÁFICO: saiba como funciona a compra de imóveis da Caixa

Os leilões serão realizados pela Klockner Leilões, por meio de dois editais. O primeiro edital (http://bit.ly/2IXKzEj), cujo leilão ocorre apenas presencialmente às 13h30, é de um apartamento na Avenida Monteiro Tourinho, no bairro Tingui, em Curitiba. O segundo (http://bit.ly/2Gyec0E), que será executado on-line e presencialmente às 14h, traz 59 imóveis de várias tipologias e em várias cidades do Paraná.

O leilão é o primeiro passo da Caixa para vender um imóvel retomado. O primeiro leilão é realizado 30 dias depois da devolução. Se o imóvel não for vendido, um segundo leilão é realizado quinze dias depois do primeiro. Se mesmo assim o imóvel não for vendido, ele é oferecido pelo banco por meio de licitação aberta, licitação fechada ou venda direta.

Todos os imóveis da Caixa disponíveis podem ser consultados no site do banco (http://bit.ly/2E6mFEH) ou diretamente nas agências da instituição. Também na página da Caixa é possível consultar o calendário do evento, com leilões específicos para determinadas cidades e regiões do país.

A Caixa se compromete a pagar as contas de IPTU e condomínio em atraso até a data da venda dos imóveis, exceto naqueles casos em que o comprador for o ocupante do imóvel ou quando o imóvel é adquirido em segundo leilão. Mesmo assim, atenção: os imóveis retomados pela Caixa podem apresentar complicações, como ainda estarem ocupados.

Isso quer dizer que uma compra de um imóvel assim exige sangue frio do interessado. Não se deve colocar todas as economias numa transação como esta, alertam os educadores financeiros e os próprios leiloeiros com quem a reportagem da Gazeta do Povo já conversou.

LEIA TAMBÉM: Não é um investidor de carteirinha? Então, fuja de imóveis em leilão

Como funciona a compra dos imóveis da Caixa

No caso de leilão, o interessado na compra de um imóvel precisa se cadastrar no site do leiloeiro escolhido para cada região ou mesmo comparecer ao local da realização do leilão. A melhor oferta ganha.

Na licitação aberta, vence o lance mais vantajoso para a Caixa. Acontece presencialmente nos auditórios da Caixa, por todo o Brasil, ou em espaço do próprio leiloeiro credenciado que realiza a licitação aberta.

Na licitação fechada, basta você apresentar uma proposta de compra por escrito depois que o edital for publicado. Os envelopes apresentados serão abertos e classificados. Quem fizer a melhor proposta, respeitando o preço mínimo de venda, é considerado o vencedor.

Na venda direta, o primeiro interessado que realizar caução e apresentar proposta de valor igual ou superior ao preço mínimo estabelecido garante a compra do imóvel. Essa é a única modalidade de venda que pode ser intermediada por um corretor/imobiliária credenciada e os custos de comissão são pagos pela Caixa.

7 cuidados na hora de participar de um leilão de imóveis:

- Examine o edital do leiloeiro com atenção. Confira as formas de pagamento previstas, a comissão da empresa leiloeira, que geralmente é de 5%, e se o imóvel está sendo oferecido sem pendências. Ainda que não baste confiar 100% nessas informações, verificá-las é o primeiro passo.

- Dê preferência para os imóveis desocupados. Ações de emissão de posse podem demorar e se o imóvel também estiver enrolado em outras ações judiciais, a chance de você não conseguir usá-lo é bastante grande.

- Tenha um advogado, de preferência com experiência na área imobiliária, que possa lhe ajudar em todas as verificações necessárias antes do leilão.

- Mesmo que o edital diga que o imóvel está desimpedido, é necessário fazer uma série de verificações. Algumas típicas de qualquer compra de imóvel. É preciso tirar certidões negativas no cartório de registro de imóveis e no judicial para ter certeza que ele não corre o risco de ser penhorado em razão de outras pendências; consultar as receitas estadual e federal para saber se não há pendências relativas a atividades comerciais passadas no imóvel; e também verificar dívidas relativas a IPTU e condomínio (duas questões que, embora bem mais demoradas, também podem trazer dor de cabeça).

- Tente visitar o imóvel com antecedência. Mesmo que não consiga entrar, veja como ele está por fora, converse com vizinhos, analise fotos. Se puder contar com o auxílio de profissionais de arquitetura e engenharia, melhor ainda. Isso é importante porque os custos com reformas podem fazer com que o barato saia caro no final.

- Pense num lance máximo de antemão para não passar do ponto na hora do leilão. E não esqueça de incluir nesse pacote eventuais gastos com reformas, impostos e advogados.

- Se comprar realmente o imóvel, não se enrole para registrar o arremate. Isso é importante principalmente caso o imóvel seja alvo de outras ações e outros possíveis leilões.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]