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Curitiba é 4.º lugar no Índice de Cidades Empreendedoras 2017 | Letícia AkemiGazeta do Povo
Curitiba é 4.º lugar no Índice de Cidades Empreendedoras 2017| Foto: Letícia AkemiGazeta do Povo

Com uma escalada de 11 posições, Curitiba voltou a figurar no ranking das 10 melhores cidades do Brasil para empreender, em 2017. A capital paranaense pulou para a 4.ª colocação, impulsionada pelas melhoras no ambiente regulatório. Foi o maior avanço entre as cidades que voltaram ao top 10 (o Rio de Janeiro subiu oito posições, e ficou em 6.º; e Belo Horizonte avançou dois, conquistando a 9.ª colocação.) As três primeiras colocações ficaram com São Paulo, Florianópolis e Vitória, respectivamente.

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O Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2017, elaborado pela Endeavor, leva em conta sete critérios que formam o cenário empreendedor de uma cidade. Curitiba foi bem em quase todos os critérios, com exceção de "cultura empreendedora". 

A cidade ficou em penúltimo no quesito "imagem do empreendedorismo". E tem a população que menos concorda com a frase "empreendedores bem-sucedidos são respeitados na cidade". 

Na outra ponta, alguns processos de desburocratização implantados pela cidade pesaram a favor. Principalmente a redução no tempo de abertura das empresas e a entrada na Redesim, que congrega em os diferentes órgãos responsáveis pela abertura de uma empresa (como secretarias municipais, Junta Comercial e Receita Federal) em uma única plataforma, facilitando a vida do usuário. 

"Curitiba foi uma das últimas capitais a aderir à Redesim, é uma das únicas cidades em que a prefeitura emite CNPJ (...) então estava muito mal posicionada", explica o coordenador da Endeavor no Paraná, Marco Mazzonetto. 

"Podemos dizer que o mato alto já foi cortado, mas é preciso que a cidade não pare de olhar para a frente. Não pode sentar em cima do resultado", resume Marco. 

Desburocratização

Antes, só para consultar se um imóvel era adequado para o seu negócio, o empreendedor levava 40 dias, estima a prefeitura. Hoje, a emissão da Consulta Prévia de Viabilidade (CPV, antiga CPL) caiu para quatro dias. 

O secretário de Finanças do município, Vitor Puppi, acredita que o uso da tecnologia foi um aliado neste processo de facilitar a vida "do contribuinte, dos empreendedores, e tornar o ambiente fiscal mais ágil". 

A prefeitura finalizou este ano a primeira etapa de implantação da Redesim, que deve ser completa no segundo semestre do ano que vem. A ideia é que, ao final do processo, o sistema tenha uma comunicação instantânea entre o empreendedor e o órgãos públicos. 

Atualmente, para emitir um CNPJ, são sete dias só para a Junta Comercial repassar as informações à prefeitura. A partir do ano que vem a emissão deve ser feita diretamente pela Junta, e estes sete dias vão deixar de existir. 

O fato do Brasil ser um dos campeões da burocracia é um grande entrave para o empreendedorismo nacional. Outro estudo, também da Endeavor, mostrou que abrir uma empresa no país leva 80 dias, em média. E que o empreendedor gasta 2.038 horas do ano (mais de 85 dias corridos) só para ficar em dia com a legislação.

Capital humano 

Curitiba também foi bem no quesito "capital humano". A cidade é a terceira melhor do país, atrás apenas de Florianópolis e Vitória. Curiosamente, Maringá, no NOrte do Paraná, vem logo atrás: é a 4.ª. 

"Há uma tendência das cidades do Sul e Sudeste ficarem bem posicionadas neste critério, até uma coisa cultural", explica Marco Mazzonetto, da Endeavor. Quando o assunto é a chamada "baixa qualificação", que leva em conta o número de pessoas com ensino técnico e médio completo, Curitiba é a melhor do país. 

Inovação 

A atual gestão da prefeitura de Curitiba tem tentado motivar a inovação na cidade com ações como o Vale do Pinhão, que centralizar ações inovadoras em uma região próxima ao Centro. A cidade de fato subiu três posições no ICE, neste quesito. Mas ainda está em 9.º, no geral, o que demonstra que há um caminho para avançar. 

A Endeavor separa inovação em duas frentes de pesquisa: os inputs (como o número de mestres e doutores e a proporção de funcionários de ciência e tecnologia nas empresas); e os outputs (número de patentes, tamanho da indústria inovadora, da economia criativa, etc). 

Curitiba está um pouco melhor no inputs, que estão mais relacionados ao capital humano, explica Marco Mazzonetto. "O que é importante, porque é o primeiro passo se quiser ter resultados consistentes nos outputs". 

Paraná 

Além de Curitiba, outras duas cidades paranaenses integram o Índice de Cidades Inovadoras da Endeavor. Maringá ficou em 8.º, e também integra o top dez. Londrina não ficou muito atrás: é a 13.ª colocada.

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