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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) prevê uma queda de 10% a 15% nas vendas de eletrodomésticos da linha branca no primeiro trimestre deste ano com o fim da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos.

O anúncio de que o benefício não será mais prorrogado foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Zurique (Suíça). "Achamos que, se a economia está crescendo, ela não precisa mais da ajuda do Estado", disse o minsitro.

Em vigor desde abril do ano passado, a medida já custou R$ 511 milhões aos cofres públicos, segundo dados da Receita Federal. O IPI menor vai até o próximo domingo (31).

Na linha branca, no entanto, varejistas ouvidos pelo G1 informaram que já planejam prolongar as promoções e manter preços mais baratos enquanto durarem os estoques.

"Pegou comércio de surpresa"

Embora o término do prazo para o IPI mais baixo para a linha branca tenha sido anunciado em outubro, quando foi feita a última renovação do benefício, a CNDL disse que a decisão "pegou o comércio de surpresa".

"O setor tradicionalmente não está aquecido nos três primeiros meses do ano e os estoques estão altos. As vendas começam a reagir a partir de março. O consumidor, agora, está voltando de férias e preocupado em pagar os gastos de fim de ano e as contas de material escolar, impostos e taxas", disse Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Ele informou ainda que já foi enviado um documento ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) solicitando que seja mantida a redução do IPI por pelo menos mais 60 dias. "Temos grandes esperanças de que nossa reivindicação seja acolhida. Porque só vai resguardar a economia doméstica e quem ganha com isso é o consumidor", afirmou.

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