A iniciativa dos próprios consumidores de limpar o nome no comércio acabou desarticulando uma campanha que a Confederação Nacional dos Dirigentes e Lojistas (CNDL) havia planejado para este mês em âmbito nacional. O intuito do programa, que funcionará como um Refis do comércio, é o de deixar o cliente sem dívidas para que possa consumir na melhor data do ano para o setor, o Natal.
Com a movimentação espontânea dos devedores que querem tirar seus nomes da lista do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), alguns Estados calcularam que os investimentos na campanha "Quero meu consumidor de volta" teriam pouco retorno, já que esses clientes com dívidas em atraso estão retornando às compras mesmo sem um estímulo dos comerciantes.
Apesar da desmobilização nacional, as entidades comerciais estaduais indicarão, em uma reunião que ocorrerá em Brasília, no dia 17, se querem ou não participar da campanha. Até o momento, Rio Grande do Sul e Santa Catarina confirmaram adesão. A campanha deve ser realizada nos Estados que se manifestarem favoráveis à participação prevista para ocorrer ao longo de novembro. Os lojistas já estão de olho na primeira parcela do pagamento do 13º salário do consumidor. A proposta é a de isenção da cobrança de juros nas parcelas atrasadas e nos refinanciamentos que os clientes tentarão com o setor.
Pelos números divulgados hoje pela CNDL, a regularização de débitos no SPC subiu 2,11% em setembro na comparação com agosto e 4,11% ante o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2010 até setembro, o crescimento é de 6,08%. "O resultado do acumulado do ano é um índice histórico de cancelamentos de registro", disse o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Júnior.
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