O Reino Unido mantém sua oposição ao uso das instituições da União Europeia (UE) para um acordo fiscal que permita apoiar os países da zona do euro em crise, afirmou nesta segunda-feira (30) um porta-voz do governo britânico.
Por ocasião da cúpula europeia realizada nesta segunda-feira em Bruxelas, o porta-voz disse que Londres não apoia recorrer a instituições como o Tribunal Europeu de Justiça ou à Comissão Europeia para respaldar o futuro acordo europeu em matéria fiscal.
Ao rejeitar recentemente se somar ao pacto fiscal da UE para superar a crise na zona do euro, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, avisou que não permitiria que as instituições fossem utilizadas para respaldar o acordo se isso pusesse em perigo os atuais tratados ou prejudicasse o mercado único.
"O primeiro-ministro sempre deixou claro que queremos ter uma atitude construtiva e aberta, e que manteremos a vigilância a fim de garantir que nossos interesses nacionais estão protegidos. A posição não mudou", afirmou o porta-voz.
"Nosso interesse nacional é assegurar que o mercado único não saia prejudicado", acrescentou.
O porta-voz fez esta afirmação após a imprensa britânica indicar que Cameron poderia enfrentar o mal-estar do ala eurocética de seu Partido Conservador, se na cúpula desta segunda-feira houver concessões em relação às instituições europeias.
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