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A maior operadora logística com base ferroviária da América Latina, ALL, sofreu queda de 50,7 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, afetada por queda em tarifas e aumento de despesas financeiras.

O lucro líquido nos três meses encerrados em setembro somou 57,9 milhões de reais ante 117,4 milhões de reais um ano antes. Nos nove primeiros meses de 2009, a companhia teve lucro 95,4 milhões de reais, recuo de 54,3 por cento.

A empresa informou que as tarifas (yield médio) no terceiro trimestre caíram 6,5 por cento no Brasil como reflexo de "repasse da redução no preço do diesel e maiores volumes de carga de retorno, parcialmente compensado por um aumento no volume de ponta rodoviária... e um preço de frete depreciado no mercado spot (à vista)".

A receita líquida recuou com isso 2 por cento, para 662,5 milhões de reais, enquanto a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 341,2 milhões de reais, queda de 5,3 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2008. A margem Ebitda passou de 53,3 para 51,5 por cento.

A empresa classifica o quarto trimestre como "desafiador" no balanço, mas vê 2010 com perspectivas promissoras diante de estimativa de crescimento de 9,3 por cento na safra brasileira de grãos na região de atuação da ALL. A companhia ainda cita produção industrial subindo 6,5 por cento no próximo ano.

"Os sinais de recuperação nos yields são bastante positivos para 2010", informa a empresa no balanço. De janeiro a setembro, os yields caíram 2,9 por cento no Brasil.

Os volumes de cargas no terceiro trimestre cresceram 11,4 por cento no Brasil. Mas na Argentina, que representa atualmente 5 por cento da receita da companhia, os volumes tombaram 24 por cento.

As despesas financeiras saltaram 57,1 por cento, passando de 134 milhões de reais no terceiro trimestre de 2008, para 210,6 milhões de reais nos três meses encerrados em setembro.

Segundo a empresa, o terceiro trimestre do ano passado contou com um ganho extraordinário de 78 milhões de reais ocasionado por depreciação do real contra o dólar logo após o início da crise mundial. No trimestre passado, a empresa incorreu ainda com gastos adicionais com juros de contratos de aluguel de novos vagões.

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