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O lucro líquido da América Latina Logística teve queda de 29,6% no terceiro trimestre deste ano se comparado a igual período do ano passado – foram R$ 30,9 milhões este ano contra R$ 44 milhões no ano passado, de acordo com balanço da empresa divulgado ontem. Apesar disso, o resultado da ALL nos primeiros nove meses do ano é favorável, com lucro líquido de R$ 93,5 milhões – crescimento de 37,4% em relação ao mesmo período de 2005. A variação negativa neste terceiro trimestre, segundo a empresa, é decorrente de uma reserva de R$ 55 milhões feita para cobrir perdas pela venda da participação que a ALL tem na Geodex, empresa de telecomunicações.

De acordo com o gerente de Relações com Investidores da ALL, Rodrigo Campos, a empresa decidiu ceder o direito de passagem em torno de sua malha ferroviária para a instalação de uma malha de fibra ótica para a empresa Geodex. Em troca, ganhou participação nessa companhia. "Em 2001, com o boom da telefonia, a gente viu uma chance de materializar ganho de capital sobre esse direito de passagem", conta. Passada a euforia inicial do setor de telecomunicações, a ALL agora quer vender sua participação na Geodex. Segundo Campos, o assunto ainda está sendo analisado, e por isso ele não passou maiores detalhes. Mas essa venda, segundo o gerente, deve causar perdas, e por isso a ALL fez a provisão. "Esse foi um fator extraordinário. O lucro líquido dos nove meses, com crescimento de 37,4%, reflete muito bem o bom desempenho operacional no ano", afirma Campos.

O custo dos serviços prestados no terceiro trimestre (R$ 206,2 milhões) aumentou 23% em relação ao mesmo período de 2005, conseqüência natural pelo aumento do volume transportado, diz Campos. O crescimento do volume no período foi de 12%. A receita bruta cresceu 21%, passando de R$ 347,8 milhões para R$ 420,8 milhões. O Ebtida (lucro antes do pagamento de juros, impostos, amortizações e depreciações) cresceu 17,4% no terceiro trimestre. Nos nove meses do ano, a alta foi de 16,6%. Os valores dizem respeito a operações da ALL e excluem os resultados da participação de 40% na Santa Fé Vagões e os da subsidiária Brasil Ferrovias S.A, adquirida em maio deste ano em estado pré-falimentar. "Inicialmente, como parte da reestruturação, foram colocados R$ 400 milhões para sanear a companhia. Mas esse custo inicial é fundamental para que, já a partir do ano que vem, a empresa passe a crescer. A ALL vê nela todo um potencial em termos operacionais e de rentabilidade", declara Campos.

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