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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, em entrevista de encerramento do giro pelo México e a América Central, que a política de biocombustíveis não é ideológica e que cada país vende aquilo que tem de melhor e de sobra, em referência à estratégia da Venezuela de aposta firme no petróleo. Ele alfinetou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, dizendo que o álcool não é do Estado e, por isso, tem que vendê-lo. De todos os países que visitou, a Nicarágua de seu amigo Daniel Ortega - de quem Chávez é fornecedor do combustível fóssil - foi o único que fez pouco caso do etanol.

- Eu fiz questão de dizer para a imprensa, na frente do Ortega, que a questão do biocombustível e de outra política não é uma questão ideológica. É uma questão de saber se precisa ou não precisa, se tem potencial ou não tem potencial. Se um país não precisa, não faça. Ninguém está obrigando ninguém a usar a política do etanol ou do biodiesel porque o Brasil quer. É um problema de cada país, e nós respeitamos - disse.

O presidente lembrou que Chávez é comprador de etanol do Brasil e que o problema é que a Venezuela tem petróleo demais.

- Eu não tenho como oferecer petróleo a ninguém porque nós não temos petróleo de sobra. Eu tenho que oferecer álcool. Agora, como o álcool não é do Estado, eu não posso dá-lo, tenho que vendê-lo - disse o presidente.

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