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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para a manhã desta terça-feira uma reunião de emergência para discutir a crise com a decisão da Bolívia de determinar a total nacionalização das reservas, da exploração e da produção de petróleo e gás, medida que afeta duramente a Petrobras, que já tem pelo menos US$ 1 bilhão investido em seus negócios bolivianos. O encontro, que definirá as diretrizes de reação do país, será no Palácio do Planalto e contará com as presenças do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, e do assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

As discussões sobre a reação do Brasil começaram nesta terça. No Itamaraty, a cúpula da chanceleria está reunida desde o início da tarde de segunda-feira buscando informações, tendo o secretário-geral Samuel Pinheiro Guimarães à frente, e mantendo contato permanente com a Embaixada do Brasil na Bolívia para entender melhor os nove artigos do decreto assinado pelo presidente Evo Morales.

O chanceler Celso Amorim está em Genebra e também mantém o presidente Lula informado sobre o desenrolar do evento.

Nessa segunda-feira, a Petrobras divulgou um comunicado afirmando que ainda está "analisando as ações do governo boliviano para adotar as medidas cabíveis, em todas as instâncias, no sentido de garantir o fornecimento de gás para o mercado brasileiro e de resguardar os direitos da Companhia".

Nesta terça, o diretor de gás Ildo Sauer destacou o risco de desabastecimento do combustível.

A gigante britânica de petróleo BP, que também tem investimentos no país, anunciou nesta terça-feira que está "analisando o impacto" da nacionalização dos hidrocarbonetos anunciada pela Bolívia. Em nota, a empresa assegurou que "quer buscar fórmulas para continuar trabalhando com o governo boliviano".

O presidente da União das Empresas Petrolíferas da Rússia, Gennadi Shmal, disse que as empresas de seu país têm interesse em operar na Bolívia apesar da nacionalização.

- Na estratégia de abrir novos mercados, buscamos sócios em todos os países e esses podem ser empresas privadas ou o Estado - disse.

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