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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-metalúrgico da região do ABC paulista, disse nesta sexta-feira referindo-se à Volkswagen que é normal uma empresa demitir funcionários quando está produzindo pouco e que não se deve fazer "um cavalo de batalha". A afirmação foi feita na presença dos dirigentes da Fiat, em cerimônia no Palácio do Planalto. Lula também criticou a montadora alemã que esta semana entregou cartas de demissão a 1.800 operários de São Bernardo do Campo e planeja dar férias coletivas a outros 21 mil.

- A Volks está dispensando porque teve um projeto que não deu certo. E no mundo do trabalho é assim: quando a empresa está produzindo muito, ela contrata. Quando está produzindo menos, ela descontrata as pessoas. Sempre foi assim, e sempre será. Não podemos fazer disso um cavalo de batalha. Temos setores que são ativados e outros desativados. O que precisamos é ter mais opções para que os trabalhadores possam ter mais opções de emprego - disse.O presidente também garantiu que, apesar da decepção no resultado da economia brasileira no segundo trimestre deste ano, o Brasil crescerá 4% neste ano.

- A Volks vai ter que readequar o seu projeto. Vamos ver ainda se fazemos com que a Volks possa ter um produto que possa conquistar o mercado brasileiro e contratar mais trabalhadores do que ela demitiu. Temos que ter em conta também que nos últimos três anos foram contratados quase 30 mil trabalhadores a mais pela indústria automobilística.

O presidente deixou aberta a possibilidade de continuar conversando com os Volks.

- Vamos ver se ainda conversaremos com a Volkswagen e se fazemos a Volkswagen, quem sabe, ter um produto que possa conquistar o mercado brasileiro e contratar mais trabalhadores do que ela demitiu.

Na Alemanha, a Volkswagen oferece um bônus equivalente a cerca de R$ 150 mil para os empregados que solicitarem demissão até o fim deste mês. A oferta integra um programa de reestruturação da companhia. Já no Brasil, onde os funcionários não fecharam acordo e decidiram entrar em greve, a empresa está oferecendo 25% de um salário, por ano de trabalho, para os funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, que optarem pelo plano de demissão.

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