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Foz do Iguaçu – As duas últimas unidades geradoras da Itaipu Binacional serão inauguradas oficialmente no próximo dia 21 de maio. A cerimônia de integração oficial das máquinas 8A e 9A será comandada pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos. Depois de 23 anos, a maior hidrelétrica do mundo pode alcançar a potência programada, saltando dos 12,6 MW (megawatts) de capacidade para 14 mil MW.

Instaladas pelo Consórcio Ceitaipu, formado pelo trio Alston, Brow Boveri, Siemens e Voith, as duas unidades entraram em operação respectivamente em setembro (9A) e março deste ano (18A). Cada uma delas tem potência de 700 MW. De acordo com as especificações técnicas dos sistemas elétricos dos dois sócios, a primeira opera em freqüência de 50 hertz (adotada no Paraguai) e a segunda 60 hertz (usada no Brasil).

Mais modernas que as outras 18 unidades, as últimas duas são resultado do processo de modernização da hidrelétrica. De acordo com os técnicos, as melhorias foram especificadas na década de 90 enquanto as mais antigas são resultado dos recursos disponíveis ainda na década de 70, período em que se iniciou a montagem dos geradores.

As mudanças se referem principalmente à proteção e controle do sistema operacional, antes eletromecânicos, agora eletrônicos e digitais. A nova configuração facilita a operação e aumenta a confiabilidade, já que os equipamentos são capazes de responder ao acionamento.

Mesmo com todo o conjunto de 20 unidades geradoras apto para a geração de energia elétrica, o Tratado de Itaipu define que apenas 18 delas podem funcionar simultaneamente. Sem produção, pelo menos uma das máquinas deixa de gerar energia e passa pela manutenção obrigatória que leva em média 13 dias, uma vez por ano. A restrição não impede que em caso de necessidade todas as unidades sejam acionadas.

A hidrelétrica é responsável pela produção de 95% da energia consumida no Paraguai e 20% de toda a demanda brasileira. Durante parte do período de seca que atingiu a Região Sul entre maio e setembro, o Operador Nacional do Sistema (ONS) convocou Itaipu a suprir parte da demanda de consumo dos estados prejudicados pela estiagem.

Por conta do auxílio prestado às demais hidrelétricas do sistema, entre outros, a produção no ano passado registrou a segunda maior marca histórica de Itaipu, com 92,6 milhões de MWh (megawatts-hora), contra os 93.427.598 MWh recordes em 2000. Tal potência continuará sendo a maior mesmo depois de concluída a chinesa Três Gargantas, cuja produção, estima-se, chegue a 84 milhões de MWh, apesar da capacidade instalada de 22,4 mil MW.

A Itaipu Binacional registrou prejuízo de US$ 365,683 milhões (mais de R$ 738 milhões) no ano passado. Ainda assim, conseguiu reduzir em 46% o prejuízo observado em 2005, que tinha sido de US$ 675,363 milhões (R$ 1,36 bilhão).

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