O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira a criação de um mecanismo multilateral para fiscalizar a alavancagem do sistema financeiro mundial. Lula chega na quinta-feira a Seul para uma reunião do G20 que discutirá temas relacionados à economia global.
"O sistema financeiro, depois da irresponsabilidade da crise de 2008, não pode continuar sem controle", disse o presidente em seu programa de rádio "Café com o Presidente".
"É preciso, no mínimo, que tenha um instrumento multilateral que possa fiscalizar a alavancagem do sistema financeiro mundial, para evitar especulação, sobretudo como aconteceu no mercado imobiliário americano."
Lula sinalizou mais uma vez que a questão cambial deve ser um dos temas centrais do encontro. Ele repetiu que o mundo vive uma hoje uma "guerra cambial", promovida principalmente pelos governos da China e dos Estados Unidos.
"Todo mundo já sabe que existe uma guerra cambial", disse. "A desvalorização da moeda chinesa e da moeda americana diante das outras moedas está causando um desequilíbrio no comércio mundial, e nós precisamos voltar a ter um equilíbrio. Portanto, nós queremos discutir o compromisso de todos os países com a política cambial."
O programa semanal de rádio estava suspenso por conta do período eleitoral, e o presidente aproveitou o gancho da retomada do programa para comentar a vitória de sua candidata, Dilma Rousseff (PT), no pleito.
"Foi uma vitória do bom senso da maioria do povo brasileiro. O povo brasileiro terá uma belíssima surpresa com o mandato da nossa companheira, presidente Dilma Rousseff", comentou Lula, que defendeu que a oposição, derrotada nas urnas na disputa presidencial, atue de forma "civilizada" e faça uma "política madura" que leve em conta os interesses do país.
Aposentados de 65 anos ou mais têm isenção extra de IR, mas há “pegadinha” em 2024
Esquerda não gostou de “solução” para o rombo compartilhada por Haddad; o que diz o texto
A “polarização” no Copom e a decisão sobre a taxa de juros
Bolsonaro 5 x 4 Lula: BC se divide sobre juros e indica rumo após saída de Campos Neto
Deixe sua opinião